Eu já falei muitas vezes sobre “As 5 linguagens do amor”. A primeira vez que ouvi falar disso foi em um corte de podcast, aí fui aprender mais sobre o assunto, li o livro e me abriu muito a cabeça. O livro diz que existem cinco linguagens do amor que é a forma como a pessoa demonstra amor e a forma como ela se sente amada. São elas: palavras de afirmação, toque físico, presentes, tempo de qualidade e atos de serviço. A pessoa pode ter mais de uma linguagem, mas tem uma ou duas que são mais fortes. Ah e tem um detalhe: A linguagem do amor que faz você se sentir amado, não é necessariamente aquela com a qual você se expressa. Doido, né?

Eu sempre fui de demonstrar muito com palavras de afirmação. Eu falo “eu te amo” pra minha mãe todos os dias da minha vida. Acho que não teve um dia da minha vida, desde que eu sei falar, que eu não falei. E eu trago a Lu, minha irmã, aqui de prova se precisar. Eu acho muito importante isso, acho importante dizer ou escrever para uma pessoa o quanto eu me importo, o quanto ela importa e o quanto sou grata por algo que ela fez. Mas nem todo mundo se expressa de forma tão óbvia assim. Cada um tem uma linguagem.

Acredito que presentes seja minha segunda linguagem do amor. Eu amo agradar as pessoas que amo com uma bobeira que seja. Com um “vi isso e lembrei de você”. Passo semanas pensando no presente de aniversário ideal e inclusive sempre presenteio antes da data porque eu gosto de surpreender. No aniversário a pessoa já vai ganhar muita coisa, agora em uma segunda cinzenta qualquer não. Planejo surpresas, faço vídeos, montagens com fotos. Gente, eu amo fazer feliz quem me faz feliz. Amo fazer com que uma coisinha pequena se torne especial.

A linguagem primária da Vó Ana era presentes, também era o “vi isso e lembrei de você”. Era o “o aniversário de fulano está chegando, não posso deixar de dar algo que seja a cara dele”. E sua segunda linguagem era atos de serviço, era o fazer macarronada todo domingo porque meu vô fazia questão. Ela nunca fez uma só travessa de comida, era sempre duas pra mandar uma lá pra casa. Mas você não sabe, ela sempre foi zero palavras de afirmação. O “eu te amo” eu que ensinei. Eu falava: “Vó Ana, te amo”. Ela respondia com “Hum”. E aí eu a obrigava a dizer: “Vai, vó, fala. Eu também te amo”. E ela dizia da forma mais mecânica possível “Eu também te amo”. E por isso uma das tatuagens que já pensei tantas vezes em fazer é isso: Eu também te amo. Ela não gostava de grude. Mas ela amava muito e nunca deixou que a gente duvidasse disso.

O Vô Quiqui também não dizia muito: eu te amo. Tinha o costume de me elogiar, dizia o quanto se orgulhava, mas eu não tenho dúvidas que a linguagem do amor dele era: atos de serviço. Eu nunca conheci uma pessoa que gostasse tanto de resolver as coisas pras outras igual ele. Pagava a conta pra vizinhança toda na lotérica, se oferecia sempre pra ir pra gente no mercado, lavava a louça todos os dias e nunca me deixava carregar peso porque dizia que eu ia machucar a coluna. Isso não só na minha infância, mas eu com 20 e poucos anos e ele com mais de 80, pra ele isso ainda fazia sentido.  Mas era a forma dele de demonstrar amor. Resolvendo as coisas pra gente.

A Mami poderosa também tem muito forte nela o palavras de afirmação. Não do: eu te amo, mas do elogio, da palavra amiga ou palavra de motivação. Ela não se importa muito com presentes, inclusive nem pensa muito nisso. Ela é carinhosa, tem o toque físico, mas a linguagem do amor dela principal é igual a do Vô Quiqui. Ela quer resolver tudo, dar conta do mundo e quando a gente vai ajudar fica do lado intrometendo, dizendo que não é daquele jeito que faz só pra ela fazer.

A Lu, minha irmã mais velha, é uma cópia da vó Ana em tantos aspectos e acho que também sempre demonstrou muito com presentes, além disso, ela também se sente muito amada com presentes. Um post it de R$1,00, comprado com carinho, por uma pessoa especial e ela se sente como uma criança ganhando uma bicicleta na noite de natal. É, eu gosto muito desse assunto, gosto de ficar falando pros meus amigos qual linguagem eu acho que é a deles, de acordo com as coisas que percebo.

Enfim, esses são meus exemplos de linguagem do amor porque pra mim nada representa mais o amor do que essas pessoas em minha vida. Cada uma dessas pessoas me ensinou do seu modo, com a sua linguagem, o que é o amor. Elas moldaram o que sou hoje. Ninguém é 100% fluente em todas as linguagens, é impossível, mas quanto mais as pessoas conversam e dizem com o que se importam, mais as coisas fluem. Desde que elas estejam dispostas a isso, né? E você, qual a sua linguagem do amor?

Ah lembra que disse que a linguagem do amor que faz você se sentir amado, não é necessariamente aquela com a qual você se expressa? Então... Ah deixa esse assunto pra outro textão.

 

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