Esse ano o dia primeiro caiu na segunda exatamente depois do
feriado de páscoa. Esse “fenômeno” aconteceu também uma vez quando eu era bem
criança. Passei um ótimo feriado na fazenda com direito a muitas brincadeiras,
comilanças. Não dá tristeza pensar que naquela época se não quiséssemos ganhar
quilinhos a mais era só fazermos aquilo que mais gostávamos? Brincar, brincar
até não agüentar mais. E se a gente fosse gordinha também pelo menos pelo mundo
dos adultos éramos considerados fofinhos. Os mesmos adultos da família que hoje
nos julgam pelos quilos a mais ou comentam que se continuarmos assim jamais
arrumaremos namorado. Voltando ao assunto do feriado, voltamos na segunda 6h da
manhã, pois teríamos aula às 7h. Estava bem frio e chovia um tempinho excelente
para ficar na cama e dormir, era isso o que mais queria fazer já que não há
nada melhor que dormir quando não se pode. Eu lá sentada no sofá, enrolando
para entrar no banho enquanto meu pai retirava as malas do carro. Reclamei que
não queria ir na aula só por ser reclamona mesmo, sem esperança, mas tive uma
surpresa. Ele disse: Você não precisa ir, a diretora ligou falando
que não tem aula por causa da chuva. Foi a melhor notícia do mundo. Fui
correndo para o quarto, colocar pijama e dormir. E então ele chegou rindo da
minha cara e dizendo: Primeiro de Abril. E esse foi meu primeiro contato real
com essa data.
Na verdade quando era bem menor ainda já tinha tido contato
com brincadeirinhas bobas, tão bobas que nem faziam sentido. O legal era apenas
contar uma mentira como falar que o nariz da pessoa estava sujo e esperá-la
verificar para depois rir. Depois quando eu era adolescente a graça era
inventar pra minha mãe que eu estava grávida só pra ver a cara dela. Tipo, oi?
Só que esse ano o primeiro de Abril foi uma chatice, no domingo eu já me
preparei para que ninguém me enganasse na segunda. E na segunda a moda não era
contar a mentira e esperar que o outro caísse. O legal no facebook era falar
que estava preparado para não ser enganado, que isso tudo era uma bobeira ou
que o dia da mentira já foi bem mais legal, é exatamente o que estou fazendo
aqui. Quantos quês, gente.
Isso me leva a outro assunto. Segundo alguns queridos
professores estamos na época do mimimi e se formos parar pra pensar estamos
mesmo. O ser humano é um eterno insatisfeito e parece que na rede social essa
insatisfação está cada vez mais divulgada. Reclama-se pelo simples fato de
reclamar e é óbvio que sou uma delas, sou uma das rainhas do mimimi. Inclusive
tenho infinitas reclamações sobre a convivência facebookiana, mas vou deixar
pra uma outra vez. Uma delas é a velocidade das informações. Um assunto que
hoje de manhã é novidade à tarde você já não agüenta mais ouvir falar. Tenho um
amigo que diz que acha que mais que “não curtir” o botão fundamental do
facebook seria um “já vi”. Imagina que cortação de barato seria? Quer uma prova
da velocidade das informações aliada ao mimimiísmo? O preço do tomate que em um
dia era assunto geral, todo mundo comentando, virou até meme e no outro dia a
moda era reclamar das pessoas que reclamavam do preço do tomate e hoje o
assunto é reclamar das pessoas que reclamaram das pessoas que reclamavam e
assim sucessivamente. Como diriam outros amigos zuando: “Achei ofensivo.
Apaga.”
ps: não duvido que alguém reclame do tema do meu texto ser
mimimi já que tanta gente já falou disso =\
Texto publicado atrasadíssimo aqui.
Publicado também em: https://www.facebook.com/pontocomrevista?fref=ts
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