Aprendi desde pequena que há três coisas que não se deve discutir: futebol, política e religião. Não apenas porque cada um tem sua opinião, mas também porque sempre acaba em briga.

Minha irmã quando discute futebol com meu cunhado, meu Deus, sai de perto. Eu não, entro na briga e do lado dela, é óbvio. Na verdade nem curto futebol, não entendo porcaria nenhuma. São sim 22 homens suados com a perna grossa correndo atrás de uma bola, a grande maioria feio . Adoro copa do mundo, mas só por causa da comemoração. O que eu gosto é de brigar, defender o time unicamente para ser do contra. Para isso encontrei o time perfeito, aquele mais odiado depois da Argentina, o Corinthians.

Em questões políticas sou bem descrente. Não acredito que algum candidato vá cumprir realmente tudo o que prometeu. Não que todos sejam corruptos, mas acabam tendo que entrar em um sistema, favorecendo a elite minoria e detentora do poder. Mas um blog com o nome de "Fútil & Fútil" com certeza não é o melhor lugar para discutir uma questão dessa ordem.

Não me conformo com fanatismo religioso. Na verdade fanatismo a qualquer coisa não presta. É ele o principal culpado de diversas guerras. É por conta dele que se perde o respeito a ponto de considerar a religião alheia como inferior e chamar seus adeptos de ignorantes. Acredito que religião está muito mais nos atos, fazer o bem sem se preocupar se esse será o caminho para o céu ou não. Já vi muitas beatas fervorosas desejando ou até fazendo o mal para o próximo. Uma mania que religioso tem é de colocar Deus como um punidor. Tenho uma amiga que o odiava na infância porque quando perdeu seus avós, ao perguntar aos seus pais o porquê daquilo, obteve a resposta “Porque Deus Quis”.

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Eu gosto do meu nome, é simples. Tem muito nome pior por ai. Mas ele me causa certos problemas diários. Quando era pequena eu gostava porque se a professora mandava escrever o nome várias vezes eu acabava muito antes da Ana Luíza ou da Maria Eduarda.

O que tem de errado com meu nome? É isso que penso quando ouço músicas, leio poemas com diversas musas inspiradoras. Mas e Laiz ??? Não é possível que não teve uma que prestasse na história pra uma criatura fazer música. Muita sacanagem. Quando reclamo disso sempre tem um engraçadinho que fala que pelo menos com lalala tem música e muitas. Piadistas. (y). E Carolina? Já viram quantas musicas citam alguma Carolina? Juro que fico complexada. Daqui uns dias até a katymilenysuelen vai ter música e eu não.

Outro problema é apelido, lala pra mim é um bichinho amarelo amigo da Pô do Teletubbies. Lá é indicação de um lugar não muito próximo. Liza é marca de óleo que complementa com abc (iniciais do sobrenome: Araújo Borges de Castro) que é também marca de óleo. Os outros apelidos são maiores e acho que apelido tem que ser menor que o nome. O objetivo é facilitar e não dificultar, não é?

Por conta de um z, tenho que conviver dia a dia com o fato de escreverem meu nome errado. Sempre que preciso dizê-lo em algum lugar tenho que ficar repetindo "É Laiz com z". Aconteceu uma vez de acharem que eu colocava Laiz na internet pra ficar mais style não é Tatá?



Esse post não tem graça porque é um conflito existencial meu. A não ser que tenha outra Laiz com z leitora, o que sinceramente eu duvido muito.

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É da natureza humana ser sacana, desde criança é possível perceber isso. Na verdade nos pequenos é mais evidente porque eles não se preocupam em esconder, pelo contrário se orgulham disso. Também é natural do homem ser hipócrita e não concordar com minha primeira afirmação. Por isso, preparei uma pequena lista de sacanagens que você já fez ou já fizeram com você:
Listinha do mal:
1-      Pisar no tênis novo e branco do amigo para “batizar”. (Pior é a risadinha macabra depois)
2-      Usar o outro lado da borracha. (Aquele que você estava economizando)
3-      Puxar a cadeira para ele cair. (Não importa que algum adulto tenha dito que ele pode ficar sem andar por conta disso)
4-      Contar um segredo que prometeu que não contaria para ninguém. (“Pode contar, não acredita em mim? Acha mesmo que eu teria coragem de contar pra alguém?”)
5-      Colocar a culpa no outro.
6-      Pegar o menino que a amiga gosta. (Clássico dos clássicos.)
7-      Inventar coisas.
8-      Dedar para o professor quem está matando aula. (“Desculpa, só que ele ia dividir minha nota por dois se eu não falasse”.)
9-      Pregar uma placa “me chute” no coleguinha.
10-   Amarrar um cadarço no outro. (Fica todo mundo esperando o coitado levantar e cair.)
11-   Maquiar alguém (prima mais nova) como uma palhaça e vê-la chorar com o resultado. (“Tá ficando bonito, não olha ainda não.”)
12-   Fingir que não conhece alguém que está pagando mico.
13-   Perguntar para o professor se ele não vai olhar a tarefa quando sabe que foi o único que fez. (Isso eu garanto que nunca fiz e tinha ódio mortal de quem fazia. “Ai gente eu passei o maior tempo fazendo, não é justo”)
14-   Empurrar na piscina. (Eu parei quando me falaram que se a pessoa caísse e batesse o pescoço ela iria morrer. Fiquei com medo, juro)
15-   Colocar o pé pra pessoa cair (muita mancada, minha irmã tem o nariz defeituoso por isso e juro que não fui a culpada)
16-    Falar que a água ta boa. (“Tá uma delicia, pula sim” dizem que é igual casamento “Casa, é uma maravilha”)
17-   Cantar com quem será com o menino que você gosta e só suas amigas sabem. ( Pior é quando cantar perto da família.Parabéns, você está condenado a ser zuado por isso pelo resto da vida, ou até o próximo aniversário.)
18-   Fofocar pra mãe , quando você é bem nova, que te viu ficando com alguém. (“ Ai achei tão bonitinho, sua filhinha cresceu hein? Vi ela beijando o traficante do morro na esquina semana passada! O que? Você não sabia? Ops, desculpa. Desculpa mesmo , pelo amor de Deus não fala que fui eu que te falei se não ela pega raiva de mim.” Isso já aconteceu tanto comigo, só que juro que em nenhum caso era traficante.)
19-   Espalhar que a menina “ficou mocinha”. (“Que belezinha, ela não é mais criança. Virou mocinha.” Não sei se é pior quando falam na frente da menina ou quando pedem pra não contar pra ninguém porque ela não gosta o que recai sobre o item 4)
20-   Pegar a irmã do amigo. (Pior seria pegar a mãe)

Se você não se encaixa em nenhum ponto da lista não significa que você não é sacana. Você simplesmente não tem nem nunca teve amigos.

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Uma coisa que assusta qualquer um é quando alguém que você nem sabia que existia até aquele momento chega e te cumprimenta pelo nome.

Em um primeiro momento você busca desesperadamente em um arquivo mental lembrar quem é o individuo. Sem sucesso, desiste e apenas a cumprimenta de volta com um apelido qualquer que serviria para qualquer outro ser.

Depois, você se sente popular enquanto ela puxa um assunto do qual você não entende coisa alguma. De uma hora pra outra a conversa começa a fazer sentido e você tem uma vaga lembrança daquilo. É, você conhece aquela pessoa e é daquele dia que você bebeu além da conta. Bebum é uma desgraça!

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Uma criatura não teria apelido de sexo frágil se não fosse no mínimo sensível. Sim, estou falando das mulheres. Elas que quando tristes, contrariadas, traídas ou ignoradas necessitam de uma válvula de escape qualquer. Algumas apelam para os doces, outras para as compras. Ambas atitudes com conseqüências altamente desastrosas. Se isso ocorrer ela terá que ralar por muito tempo, seja para perder os quilinhos adquiridos ou para quitar as dívidas.

Compras podem realmente servir como terapia, mas também podem tornar-se um verdadeiro desastre. Eu nunca entendi a razão de lojistas darem preferência a belas vendedoras. Não acho agradável ir a um lugar em busca de bem estar e dar de cara com um rascunho da Gisele Bundchen. Não é legal ter que pedir um número de calça muito maior que o que ela usa. Aliás, por conta disso as coitadas nunca acertam o número da sua. Por mais que você diga que aquilo não vai servir elas insistem até que você experimente e surpresa! Não serve. Assim, você se sente mais gorda que já é, volta pra casa, se empanturra de tanto comer, fica um tanto quanto triste e quando isso acontece o que as mulheres fazem mesmo?

Uma criatura não teria apelido de sexo frágil...

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Criança é um serzinho que se encanta facilmente e acredita em tudo que ouve. Por conta disso, quando descobre que algo é mentira ou não existe fica completamente decepcionada. O mundo desaba, os dias ficam tristes e a sensação de que o sonho acabou as consome até encontrarem um novo motivo para se encantar.

Alguns pequenos se desiludem quando descobrem que Papai Noel ou Coelhinho da Páscoa não existe. Outros, mais profundos, quando ficam sabendo que nuvem não é de algodão doce, o que não me conformo até hoje. Espero de verdade que crianças não leiam esse blog. Acreditem, ficaria arrasada em destruir sonhos.

A maneira com que a descoberta é feita pode ser a mais trágica possível. O irmão mais velho contou, viu os presentes no porta-malas ou ouviu uma conversa proibida. Os pais quando questionados sobre as mentiras se vêem completamente constrangidos e impotentes. Tentam inventar desculpas e acabam piorando a situação. É, pais sofrem.

No meu caso, a minha desilusão foi bastante incomum. Eu assistia filmes e sonhava com aquilo, queria ir a lugares paradisíacos para realizar meu grande sonho. Mas um dia, tudo acabou. Era um dia comum, eu não sabia o que estava prestes a acontecer. Descobri vendo TV que cavalo marinho é um ser minúsculo e, portanto seria impossível passearmos pelo mar.

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Eu passei uma boa parte da minha vida incomodada com essa situação. Um sentimento de culpa que me consumia, uma angústia. Cansei, cansei de ser atormentada por esse fantasma do passado que volta e meia voltava a me assombrar principalmente nas excursões escolares. Perturbavam-me tanto com isso que tive que parar de viajar com a turma. Era muito incômodo ser questionada sobre aquilo na frente de todo mundo e por tanta gente ao mesmo tempo. Pior ainda era ver outros passarem injustamente pela mesma situação.

Depois de muitos anos, resolvi procurar um analista que me aconselhou a dar um basta nessa situação e assumir de vez a culpa. Foi muito difícil tomar essa atitude, mas percebi que seria a melhor. É por isso que estou aqui hoje, para assumir um crime imperfeito repleto de suspeitos. Fui eu, fui eu quem roubou pão na casa do João, não me julguem. Peço encarecidamente que parem de fazer essa pergunta aos amigos agora que já sabem o culpado, obrigada.

Agradecimento especial ao motorista de ônibus que patrocinou esse post.

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