"Oi meu nome é Laiz com z e eu tenho um blog. É, eu amo escrever. Gosto de colocar as minhas ideias e sentimentos em textos que ninguém vai ler." Eu só não sei quando foi que eu deixei de ser essa Laiz que se apresentava assim. Não sei quando foi que parei de pensar que escrever é uma ótima terapia.

Atualmente esse blog encontra-se parado no tempo, ali na bio diz que tenho 18 anos, mas eu já tenho quase 28. Eita, escrever parece que torna isso muito real. 
Queria voltar a escrever faz tempo, mas nunca sabia sobre o que falar. E sempre que pego para escrever, escrevo sobre o fato de que preciso voltar a escrever e isso é muito chato, ninguém se importa. 

Ontem estava procurando o que assistir no Netflix, porque procurar o que assistir no Netflix já é um programa em si. A gente passa horas procurando e muitas vezes acaba deligando a Tv e indo ler um livro ou dormir. Inclusive preciso deixar registrado que Netflix é muito a realização de um sonho de infância. Meu sonho é que tivesse disk-entrega de locadora na minha cidade para que eu não precisasse atormentar a vida da minha mãe para me levar na locadora. Aí eu ia estrategicamente na sexta-feira e escolhia os filmes que me acompanhariam no fim de semana e minha mãe ficava no carro esperando. Coitada. Assistia umas três vezes o mesmo filme porque era aquilo que tinha e ficava muito decepcionada quando o filme era ruim, mas assistia mesmo assim. Hoje se eu não gosto eu simplesmente paro de assistir porque a vida é curta demais para perder tempo assistindo filme ou série que não gosto. 

Aí ó, lembrei que eu tenho uma grande facilidade em mudar de assunto. Então eu queria um "confort movie", aquele filme gostosinho que o domingo pede e escolhi "O melhor amigo da noiva". A gente passa o filme todo torcendo para um cara que não é o noivo ficar com a noiva. Isso não é doido? O noivo dela é maior gente boa, não faz nada de errado, mas a gente é levado a acreditar que ela deve ficar com o amigo galinhão que já pegou a cidade inteira.

Só que aí eu fiquei pensando... E se na vida eu nasci pra ser a coadjuvante? E se eu sou o noivo? E se eu estou fadada a viver uma vida onde no final, no final não, mas em um certo ponto, eu vou ter que ser passada para trás para que a mocinha tenha seu final feliz. Pior ainda, e se as pessoas não gostarem de mim porque eu to atrapalhando o "final feliz" da mocinha. Não é doido? É, acho que eu to noiada. 
 



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