Quando eu era pequena toda vez que ia na padaria ficava de olho naqueles doces lindos da vitrine. Eram brigadeiros enormes, potinhos coloridos com vários cremes dentro ou bombas de chocolate. Eu não era muito birrenta, graças a deus minha mãe soube me educar muito bem. Educação é uma coisa que se não é dada na hora certa depois nem tem mais solução. Mesmo assim ás vezes eu pedia um docinho e ás vezes ganhava. Muitas vezes o resultado não era nada bom e a brincadeira terminava em careta. O brigadeiro não era brigadeiro, mas um mingau de maisena (maizena é a marca), o creme era um puro chantili adocicado e  colorido e a bomba era molenga.
Então eu comecei a pensar muito bem antes de pedir. Comecei a analisar os doces, procurar referências, perguntar antes e até a ter doces preferidos que sempre eram repetidos. É claro que estes também me surpreendiam, nada é perfeito, mas se faziam era com uma frequência bem menor. Digamos que com o tempo aprendi a escolher doces. Depois que cresci aprendi que algumas pessoas são como doces de padaria e do pior tipo, aqueles que nunca vou aprender a diferenciar até errar. E quando se trata de pessoas.. não há careta que resolva o problema. 

3 comentários:

Duque do pombal disse...

Laiz Araújo de volta a ativa... o mundo da literatura agradece! Parabéns pelo texto

Simone Souza disse...

Laiz, adorei...

E as pessoas são assim mesmo, né... como diz o ditado: "por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento".

Hoje em dia dou muito mais valor aos meus momentos sozinha do que com gente perto. Principalmente as pessoas fúteis com que tenho que conviver todos os dias. Essas sim, são pessoas "docinhos de padaria".

Beijos

Laiz Araújo disse...

Ai simoneee não fala mal de pessoa fútil não que eu choro hahaha. brincadeira.