Mais um daqueles textos que não tem graça para ninguém. Só para minha irmã, eu e minha mãe que sempre chora com essas bobera hahahaha. Desculpa gente, mas esse é o único espaço que tenho para escrever. É o preço que pagamos por ter deixado de lado o orkut não tem mais espaço para depoimento, dá nisso.

Quando eu cheguei em casa vim embrulhada e com um embrulho de presente que fingiram que eu mesmo havia comprado para facilitar a aceitação. A verdade é que se a pessoa a quem o presente era destinado não tivesse um bom coração não haveria presente no mundo que a fizesse bem aceitar o outro presente de grego, eu no caso. Graças a deus ela tinha e me aceitou muito bem, tão bem que me deu até um apelido sem querer. Mal sabia ela que ao tentar pronunciar Laiz sairia izi e esse tornaria meu apelido familiar para sempre. Que culpa tinha? Com 2 anos e 20 dias exatos como pronunciaria um nome corretamente? Tão nova, mal teve tempo de aproveitar e já teve que aprender da maneira mais difícil a dividir. Dividir não só o quarto, os presentes porque isso é fácil, mas principalmente aquilo que é mais difícil, a atenção. Se fosse mais velha poderia até ser legal, uma bonequinha para brincar, mas com essa idade não recebia beneficio algum.
Quando cresci um pouco aprendi a segui-la. Não só pelos lugares como também nas atitudes. Fazíamos tudo juntas. Pegávamos cachorro quente escondido, pintávamos a tartaruga de pasta de dente Tandy azul, escondíamos atrás da estante com medo da bruxa da branca de neve. Nada de uma mandar e a outra fazer, éramos tratadas como iguais. E ela esteve sempre lá comigo e para mim. Para levar a bronca, para me proteger, para impedir que eu caísse da cama juntando sua cama com a minha e para me empurrar escada abaixo do velotrol. To brincando, eu nem me lembro disso só sei porque me contaram. Quando eu fazia escândalo na escola era ela que chamavam para acalmar na verdade nem só eu como as outras crianças birrentas.Isso deve ser tipo um dom . Nessa época éramos tipo Mônica e Magali, melhores amigas.
O tempo passou e viramos piu piu e frajola, Tom e Jerry, Coyote e Papa Léguas. Daquele tipo que não para de brigar só que um simplesmente não existe sem o outro. Até que um dia ela parou e simplesmente começou a ignorar minhas provocações. Foi bem triste, eu gostava daquela guerra toda, me divertia e nada é pior que ser ignorada. "Que me despreze, me maltrate, me agrida, tudo bem. Mas não falar de mim nem pro analista, é demais."
E ai eu cansei de ser ignorada e decidi que devíamos ser amigas. Desde então a gente passou a andar juntas, sair juntas, brigar juntas, se defender. Que saudade que tenho das conversas antes de dormir, nunca devíamos ter separado nossos quartos. São conversas inacabáveis que faz a orelha de qualquer um doer e tem que tomar cuidado pra não morder a língua pra não morrer vitima do próprio veneno. Desde então nos tornamos três mosqueteiras , três mesmo porque o que seria da gente sem a mamis? Obrigada por tudo, por estar sempre ao meu lado nas coisas boas e ruins, por agüentar meu mau humor, minha TPM, por virar a cara para pessoas que não gosto e me fizeram mal, por sempre cuidar de mim. Obrigada por me defender de tarados na balada nem que para isso tenha que inventar que eu acabei de ter filho e ele esta me esperando em casa. Tem gente que fala que irmão não é algo legal que preferia ter nascido filho único. Se irmão não fosse bom não chamaríamos aqueles melhores amigos de anos de irmão, chamaríamos nossos inimigos assim. Tem gente que tem amigo(a) irmão (ã) eu tenho com certeza uma irmã amiga. Não sei se o mundo é bom, mas ele ficou melhor desde que EU cheguei.

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