Uma vez eu participei de um concurso cultural que perguntava qual era o som que tinha marcado a minha vida. E eu respondi:

O som que marcou a minha vida foi o da pipoca. Me lembra aquela tarde de chuva na casa da vovó, aquele parque de diversão com aquele brinquedo que eu morria de medo, a fila do cinema onde eu sentia que ia dar o primeiro beijo ou aqueles tempos de faculdade em que eu abria o armário e via que a única coisa que tinha para comer era PIPOCA.

É, não ficou bom. Não, eu não ganhei. Nunca ganhei nem bingo, vou querer ganhar concurso cultural?

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Eu adoro ser mulher tá certo que tem as suas desvantagens como sofrer com o machismo, não poder andar sem camisa no calor e não poder sair pegando geral sem no mínimo ficar mal falada, mas existem defeitos que ainda não inventaram solução para o universo masculino. Se a mulher nasce feia, mas se cuida , usa uma roupa, uma maquiagem e um cabelo excelente ela fica no mínimo pegável, como diz minha mãe: “manda ela pra Globo pra ver” . Já o homem que nasce feio, minha filha, não tem muita solução, o máximo que ele pode fazer é tentar ser legal pra compensar. Outro problema é ser baixinho, eu sou baixinha e nunca sofri com isso porque eu posso usar salto alto se eu visse um homem de salto na rua eu ia achar no mínimo bizarro.

Durante alguns dias eu esqueço totalmente que ser mulher é bom e passo a pedir desesperadamente a Deus pra nascer homem na próxima encarnação, juro que o fato de gostar de homem não será problema eu viro gay e viva a solução dos meus problemas. Não entra na minha cabeça o porquê de ter que passar por isso. E se eu não quiser um filho? E se eu quiser e não puder mesmo assim? É muita sacanagem. Eu tenho certeza que Eva não passava por isso, aposto que foi esse o grande castigo por ela ter comido a maçã. Querida Eva, você cai em tentação muito fácil, se pelo menos fosse um pudim de leite condensado, mas uma maçã? E como que você fica dando confiança pra uma serpente? Se fosse um cafa eu juro que entendia aquele papinho que ele te seduziu e você caiu na dele, tão clássico. E onde estava Adão nesse momento ? Aposto que quando viu a cobra saiu correndo, boiola.

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Na aula de biologia eu aprendi que a minhoca pode chegar a ter 30 corações. Portanto há duas coisas antagônicas que podem acontecer:

Em um primeiro caso essa quantidade avantajada de coração pode lhe causar um enorme sofrimento. Ai a vida da coitada vai ser pior que novela mexicana, haja lágrimas. Por outro lado, cada coração pode representar um amor e, portanto ela tem 30 corações para serem partidos pelos minhocos e ainda seguir em frente para encontrar o amor da sua vida.

Se a segunda hipótese for verdadeira, pode ter certeza que não existe um minhocozinho se quer que preste, porque nada é perfeito. A minhoca está, portanto condenada a sofrer quantos forem seus corações e ainda tendo que agüentar certos parceiros que se “confundem” e beijam o lado errado.

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Existe mais sacanagem que o conto da Dona Baratinha? A começar é que ela só procura marido quando acha a moedinha, ou seja, ela sabe que sem dinheiro não arrumaria ninguém, vive em uma sociedade baseada nas relações por interesse. Quando encontra a moeda não vai simplesmente à caça, ela primeiro se arruma colocando até fita no cabelo, é uma submissa a ditadura da beleza. Apesar de tanta coisa em comum com os relacionamentos do mundo moderno essa narrativa tem um diferencial, Dona Baratinha é marqueteira, empreendedora e criativa. Pra encontrar o homem de seus sonhos ela faz um Jingle realçando suas qualidades “Quem quer casar com a dona baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?” fica se exibindo porque nessa sociedade não basta ter, tem que mostrar.

Demora muito pra personagem encontrar um pretendente a sua altura isso demonstra que ela também não quer se casar com qualquer um é perceptível que tem síndrome do príncipe encantado, é uma exigente. Quando encontra um noivo ele não é um “barato”, mas sim um rato, muito bizarro um relacionamento entre rato e barata, já pensaram nas proporções de tamanho? É simplesmente inviável, ele é gigante para ela, não tem lógica. E o pior, o auge é que depois de tanto procurar o noivo, escolher, preparar a festa ela não se casa. Perder o noivo afogado no caldeirão de feijoada? Tem fim mais trágico que esse? Puts, Nem pra morrer com glamour Dom Ratão?

O pior é que certeza que Dona Baratinha gastou toda sua moedinha no preparo do casório e, portanto termina a estória não só sozinha como também pobre.

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Todo povo, pessoa, lugar tem seus momentos, que podem ser divididos em: início, desenvolvimento, apogeu, declínio e a tão temida decadência. Portanto com os príncipes não poderia ser diferente, certo? Não digo o Príncipe Willian ou o Charles, mas os encantados. O marido da Cinderela, da Branca de Neve ou da Bela Adormecida. Acho um símbolo de superioridade feminina isso, só lembrar o nome das princesas o que inclusive contrasta com a imagem que elas nos passam de donzelas indefesas, frágeis e totalmente dependentes.


Era muito comum antigamente o estereótipo de príncipe encantado como homem perfeito. Por ele você esperaria toda a sua vida, em vão, ele não chegaria nunca e não é porque ele caiu do jegue quando estava vindo e entrou em coma, mas sim porque ele nunca existiu.


Hoje em dia, pelo contrário o homem que habita as mentes femininas é o anti-herói, o cafajeste, o garanhão. Esse tipinho ao contrário dos príncipes aparece e com ele você viverá bons momentos, aproveitará a vida e será feliz, mas não para sempre, na verdade nem mesmo no dia seguinte. Porque essa espécie, minha amiga, não liga no dia seguinte.


Portanto cafajestes vejam o exemplo dos príncipes e fiquem cientes que esse sucesso não durará para sempre e mulheres larguem a mão de ler esse texto e vão procurar um homem decente.

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Acredito que a comparação perfeita para um livro, mas não um livro qualquer e sim um especial, daqueles que quando você começa não consegue mais parar, que você gosta do começo ao fim. Distrai-se, viaja, diverte, ri ou chora a cada trecho é um “Sorvete Corneto”.

Diante de ambas as situações, tomar um corneto ou ler um livro, você se depara com um verdadeiro dualismo existencial. Delicia-se a cada mordida e ao mesmo tempo em que deseja que aquele prazer seja interminável você aguarda ansioso pelo seu fim. É no fim que está a melhor parte, o chocolate.

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Os carros passam devagar, um cachorro persegue outro que mesmo cansado não desiste. Um homem desce a rua, ele olha cumprimenta. Eu não. Por que? Quando foi que aprendi isso? Acho que é uma coisa de criança, não falar com estranhos é regrinha básica de sobrevivência nos passada desde tão novos pelos adultos e seguida rigorosamente também pelos mesmos. Mas e cumprimentar? Pode? Vou perguntar a minha mãe, se ela disser que sim passarei a cumprimentar todo mundo e ensinarei meus filhos a fazer o mesmo.

Duas mulheres sobem pelo passeio, no meio delas há uma criança pequena, parece boazinha não faz birra como a maioria. Ela me olha e sorri. Acho que ainda não aprendeu o lance dos estranhos, é, não mesmo, é muito nova pra isso.

Um carro se aproxima lentamente e para em frente, dentro dele conversam algo que não dá para saber o que é, dois meninos se despedem do motorista, saem do carro e batem a porta. Eles caminham em minha direção, cumprimentam, me conhecem, faço o mesmo. Conversam entre si, nada que eu possa compreender muito bem. Fico ali do lado, completamente avulsa, considero a situação um tanto quanto constrangedora. É nessas horas que entendo o real sentido do tempo psicológico, começo a rezar para aparecer alguém realmente conhecido, com quem eu possa conversar. Concluo que pior que os desconhecidos são os semiconhecidos, aqueles que quando você vê na rua faz de tudo para não cumprimentar. Para isso vale de tudo desde olhar a vitrine a mexer no celular, ou fingir que ta falando nele, tenso é quando ele toca.

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Desde o início dos tempos o homem procura se comunicar com seus semelhantes. Alguns se comunicavam por grunhidos, outros por sinais e alguns até mesmo pela escrita. A comunicação é a ferramenta mais importante no processo de organização de todo o mundo, sem ela a convivência, que já é tão complicada, seria impossível. Esse campo sempre me fascinou muito, ser comunicativa sempre foi uma das minhas características marcantes, tanto é que um dos motivos que me influenciaram a entrar na escola foi o fato de querer alguém para conversar. Por conta desses fatores, a minha profissão escolhida é alguma voltada para essa área.


Escolher que profissão seguir, sempre foi um grande desafio. Eu via as pessoas decidindo, não só o que fazer, mas também em que instituição cursar, e isso me dava certo desespero, cheguei a acreditar que precisaria de orientação profissional. Quando me arriscava a fazer testes vocacionais na internet sempre dava que eu deveria me projetar na área de comunicação ou arte. Como achava esse resultado estranho, eu o ignorava e permanecia com a dúvida. As pessoas, principalmente as idosas, têm o costume de dizer que um bom curso a seguir é apenas direito, medicina ou engenharia, mas, eu decidi vencer esse preconceito e aceitar que não me enquadro no perfil desses cursos tradicionais.


Criar ações e campanhas de forma consciente, sem pensar em enganar ou prejudicar o consumidor, ser transparente e ética na forma de me comunicar é um dos meus objetivos com essa profissão. A comunicação pode facilmente estar envolvida em inúmeras causas sociais, pois para uma empresa é altamente vantajoso colaborar com essas causas, pois estas aumentam de forma significativa a sua credibilidade é uma relação onde ambas saem ganhando. Acredito que umas das principais virtudes de um profissional devem ser ética, respeito e honestidade. Além de tudo com os fatos citados acima posso contribuir também com a solidariedade.


Exatas nunca foi meu forte, nunca entendi o porquê de achar o x, calcular a velocidade de um foguete ou descobrir a área da superfície de um cilindro. A área de biológicas me agrada, porém nunca gostei do modo como ela trata o homem, como um ser vivo pertencente a uma escala da evolução, que nasce, cresce e morre. Prefiro ver o homem como indivíduo, como ser social com suas características psicológicas, seus direitos, seus deveres, suas virtudes, sua história, ou seja, prefiro as ciências humanas.


A pessoa que escolhe comunicação deve ser comunicativa, criativa, desprovida de preconceitos, capaz de liderar, curiosa, dinâmica e eu me enquadro nesse perfil. Algumas pessoas também me influenciaram na escolha, pois disseram que eu combinava com esse tipo de curso. O fator econômico não me influenciou muito, pois é um mercado bastante saturado onde é preciso muito esforço para conseguir uma posição de destaque.

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