Um amigo esses dias me disse que acha muito legal que eu tenha um blog porque acaba sendo uma espécie de diário. Não que eu escreva todos os dias, mas todo texto que escrevo tem um pedacinho de mim naquele instante. Ás vezes eu volto e releio uns textos muito velhos, bem do comecinho mesmo e lembro exatamente da fase em que estava passando. Da Laiz mascarada em personagem de crônica, da paixãozinha transformada em sapatos. Sim, tenho um texto que compara homens a sapatos, se não leu clique aqui.


 
Essa conversa com esse amigo me fez lembrar uma frustração de infância: Eu nunca tive um diário.
Na verdade eu até tive, mas nunca consegui escrever certinho nele. Conseguir escrever um diário já foi até item em lista de resolução de ano novo, mas ficou na lista só, como é destino da maioria das resoluções de ano novo. Eu lembro que quando eu tinha 5 anos ganhei um diário. Santo Deus eu nem sabia escrever e tinha um diário com cadeadinho e tudo. Quando ganhei aquele diário me senti na obrigação de escrever, pior ainda, me senti na obrigação de escrever de quem eu gostava.Eu nem gostava de ninguém, gente. Eu tinha 5 anos. Mas aí eu me senti na obrigação de gostar de alguém. Porque uma pessoa com um diário, com cadeado tem como dever social gostar de alguém. Na verdade, em muitos momentos da minha vida eu me senti na obrigação de gostar de alguém, como um dever social mesmo. Eu não sei da onde veio isso, mas que fútil né? Então escolhi gostar do menino mais bonito da sala, é claro. Só que eu não sabia escrever o nome dele então tratei de escrever um nome que eu sabia, CAIO. Eu não conhecia nenhum Caio, mas a partir daquele dia decidi que gostaria de um tal de Caio. Vai ver era um alerta de que meu destino é casar com o Caio Castro. Minha nada mole vida. 
Eu era assim. Só que o contrário.

Outra coisa que nunca consegui fazer foi completar álbum de figurinha. Tentei poucas vezes também. No começo até era legal, mas depois que começava a sair muita repetida e aquilo perdia o sentido pra mim. Eu me perguntava: "Quando eu terminar de montar isso eu não ganho nada? Que sem graça". Só achava legal aqueles de figurinha de chiclete porque aí eu tinha que mascar muito chiclete pra completar o álbum, isso porque eu era uma criança magra. Pasmem.  Eu invejo as crianças que estão montando álbum de figurinha da copa desse ano. Consegue perceber o quão épico isso é? Quando elas forem grandinhas vão se lembrar disso, que lutaram para completar o álbum no ano em que a copa foi no Brasil. Esses álbuns vão ter valor sentimental altíssimo no futuro, vão se lembrar de onde estavam quando completaram, do ritual que era a compra, essas coisas. Eu até pensei em tentar, mas lembrança forçada não dá, lembrança forçada não vale.

Era esse. Só que em português. Quem mais teve?

0 comentários




ALERTA MÁXIMO DE SPOILER - HOW I MET YOUR MOTHER
SE VOCÊ NÃO VIU ATÉ O FINAL NÃO LEIA ESSE POST. OK?
SE VOCÊ NÃO VIU NADA TAMBÉM NÃO PERCA TEMPO LENDO PORQUE VOCÊ NÃO VAI ENTENDER NADA





Eu sou muito gente boa por dar esse alerta no começo do post né? Mas é porque enquanto meus amigos não souberem eu posso chantageá-los muhaha(risada do Professor Abobrinha). Saber o final do seriado que seus amigos ainda não viram é muito poder nas mãos.

Eu acertei o final de How I met your mother. Inclusive eu tinha feito um post no face falando sobre o final para que ficasse registrado e eu pudesse provar. Mas e a preguiça de achar aquilo? O face deveria ter um mecanismo fácil de busca. Tem? Se tiver alguém me fala PELAMOR. Enfim, meu post era mais ou menos assim: Não é porque a Robin não é a mãe que ela não fica com o Ted no final. TCHARAM, exatamente o que acontece. Tudo bem que eu pensava em um divórcio, mas a produção foi mais esperta, mataram a mãe porque assim torna apenas o destino culpado por não ter dado certo a relação tão bonita do casal.  E engraçado que mesmo em pouco tempo eu criei um afeto pela mãe, não só eu. Muita gente ficou inclusive puta com o final, mas eu não.

O fato é que o seriado deixa uma importante lição nas moçoilas. Mulher tem mania de preferir os Barneys que são os caras babacas, que fazem babaquices, mas que ela não enxerga como babaquices. Barneys são atraentes e não querem compromisso, mas a mulher encara isso como um desafio pensando: Comigo vai ser diferente. Só que tem um porém mulheres não querem Barneys sendo Barneys.


Enquanto isso desprezam os Teds que são os caras bonzinhos que fazem tudo para agradar, ser especial e realmente fazer a diferença na vida delas. Todos esses agrados a mulher entende como frescura, mimimi, pegação no pé, encheção de saco.
As mulheres querem tudo isso que os Teds fazem, mas querem isso vindo de um Barney.  Quando Robin fica com Barney ele estava sendo Ted. O pedido ultra romântico de casamento de Barney era totalmente Ted.


Quando a mulher consegue fazer com que o Barney seja um pouco Ted se sente vitoriosa. Mas um Barney não se torna um Ted para sempre. Robin percebe isso e quase desiste do casamento por isso. Ela não desiste, mas eles não são felizes para sempre, se divorciam.
Barney se mostra capaz de amar profundamente sim, mas esse amor é por sua filha. Essa é uma das cenas mais lindas de todo o seriado.


E então, "no fim da vida", quando o Barney não deu certo, Robin finalmente fica com o Ted. Mas isso só acontece no seriado porque seriado tem final feliz. Na vida real não é bem assim. Na vida real a mãe não morre. Na vida real Robin não tem uma segunda chance, não tem destino bonzinho. Na vida real, Robin é condenada a ver Ted sendo feliz com a mãe e os filhos enquanto sofre solteira ou sendo traída pelo marido. Mulheres, há poucos Teds no mundo quando estiver com um agarre-o. Homens, invertam a situação e entendam o recado da mesma forma.

0 comentários

Domingo é dia de almoço na casa de vó, dia de acordar tarde e mesmo assim se obrigar a ficar um pouco mais na cama por não achar tarde o suficiente. Para os mais preguiçosos, meu caso, domingo é dia de voltar pra cama depois do almoço, dia de reclamar da programação da tv e principalmente não entender qual a graça das vídeo cassetadas. (Algum psicólogo pode me explicar por que só homem acha graça naquilo? Pelo menos a maioria dos casos que conheço de pessoas que acham graça em vídeo cassetada são homens. Descobri isso há muito tempo atrás observando e perguntado para minhas amigas. Falando nisso o  Faustão é o ex gordo que mais faz piada de gordo né? Aff)




Para os mais ativos é dia de "ir ao parque, discutir Caetano, planejar bobagens e morrer de rir..." (Cícero s2).


Mas domingo é principalmente dia de insônia. Você assiste filme/seriado/ tv ou lê  até a hora que você considera aceitável para dormir. Quando dá essa hora você desliga e tenta dormir, em vão. As próximas horas serão torturantes e você fará inclusive contas de quantas horas conseguirá dormir se você conseguir dormir daqui 10 minutos.Conta carneirinhos, dá nome pra cada um deles, história, vocações, personalidades. Mentira, ninguém faz isso.



Sinceramente não sei o que é pior. Esperar o sono vir vendo alguma coisa ou ficar rolando na cama pensando na vida. Ah sei sim, a segunda opção é muito pior. É nessa hora que você remói a semana passada, se arrepende das coisas que disse e que deixou de dizer, das que fez e das que deixou de fazer. Remói a história da menina que não te emprestou o brinquedo na primeira série. Não, eu não guardo rancor, mas eu tenho uma memória muito boa. Promete recomeçar a dieta, não dar moral para o carinha babaca, estudar mais, entrar menos no facebook, comer menos e correr mais. Promete dormir menos no próximo domingo, não se importar, ir no cinema sozinho, aprender uma nova língua. Segunda é dia de sono. É na segunda que Eduardo abre os olhos, mas não quer se levantar. 




Não é uma sacanagem insônia de domingo? Amanhã eu vou estar tão cansada que me esquecerei de todas as promessas e apenas ficarei sonhando com o horário de almoço onde dormirei lindamente até babar. Sim, eu babo quando durmo.

0 comentários

Minha vó conta desde que eu me entendo por gente que ela não consegue chorar há muito, muito tempo. Ela conta assim que quando tinha 6 anos de idade sua mãe morreu e então ela chorou tanto que suas lágrimas secaram. E o pior é que é verdade, já a vi em situações extremamente tristes, com a feição extremamente sofrida, mas sem derramar uma lágrima sequer. Morro de dó da minha vó por causa disso, deve ser horrível. Consegue imaginar a dor?
Chorar é algo extremamente necessário. Já falei disso aqui. É como se nossas emoções fossem armazenadas em baldes. Chega uma hora que esses baldes se enchem e cabe a nós esvaziá-los. Só assim ficamos com os baldes livres para podermos viver novas emoções. Agora imagina a aflição que é guardar baldes cheios pela vida toda? Chora menina, coloca tudo pra fora. Esvazia esse peito de tristeza para poder enchê-lo de alegria.
Guardar o choro é o mesmo que não dizer aquilo que pensamos. Já ouviu a frase: Morreu engasgada pelas coisas que nunca disse? Escreva, Laiz, escreva.


Meu sonho é ter uma máquina de escrever :(

0 comentários


Criança quando vê alguém levando um tombo morre de rir, pelo menos na maioria das vezes. E isso é o que faz com que a criança que cai chore, a vergonha. Eu acho, na minha humilde opinião, que a criança que ri, ri de alívio porque poderia ser ela a passar vergonha, mas é a outra.


Hoje em dia se eu caio quem ri sou eu. Acho que fingir bom humor é uma ótima escapatória. Uma vez caí na frente da faculdade com uma amiga, fui falar oi e pulei no colo dela. Ela não aguentou, óbvio, e caímos. Virei pra ela e disse: Vamo fingir que a gente morreu? Seria melhor do que ficar ouvindo o pessoal chamando a gente de pamonha, se bem que eu amo pamonha. 
Essa baboseira me lembrou que quando eu era criança eu tinha uma estratégia muito boa para não apanhar da minha mãe. Queridos filhos do futuro, essa é a parte em que vocês param de ler o blog e vão ler um livro, ok? Obedecer a mamis é super legal e faz bem para os dentes. Então, quando minha mãe queria me bater eu saia correndo e gritava o mais alto que eu podia, escandalosamente, loucamente, como se o mundo fosse acabar. Dessa forma, os vizinhos achavam que minha mãe estava me espancando e morta de vergonha de toda aquela cena ela simplesmente desistia. Criança esperta não apanha.

Enfim, só to escrevendo esse texto porque acho que o mesmo que acontece quando a gente é criança acontece quando a gente cresce. Só que em proporção muito mais grave. É o mesmo que acontece com a viralização de fotos íntimas e sex tapes. Parece que as pessoas têm prazer em divulgar, já reparou? E  a mulherada parece que adora ver a outra se ferrar né? Será pela mesma sensação de alívio? "Puts poderia ser comigo, mas não é então vou compartilhar isso aqui, quem mandou ser burra." Porque isso é uma situação que pode acontecer com todo mundo. É uma situação em que as pessoas pegam coisas normais e tratam como se fosse absurda. Vê a sextape e quer bancar a casta. Ô sociedadezinha hipócrita. Pelamor né? Mulheres, vamos ser um pouco mais companheiras, né? Já imaginou se fosse com vocês?  E homens, vocês gostariam que isso acontecesse com alguma irmã, prima ou amiga que gosta muito? Então né? A gente nunca sabe o dia de amanhã. E não, eu não tirei foto pelada.



0 comentários

Imagine algo que você quer muito, passa a vida inteira querendo e finalmente consegue. Quando consegue você vai querer zelar, né? Porque imagina que tenso se algo acontece e você perde essa coisa? Consegue imaginar? Dá vontade colocar numa caixinha e não soltar mais. Agora imagina isso em uma proporção infinitamente maior e você ainda vai estar longe de imaginar o que uma mãe sente.



Muitos adjetivos definem uma mãe: amor, afeto, carinho, cuidado, proteção,  mas nenhum define tão bem quando: EXAGERO. Não existe nada no mundo que é mais exagerado que mãe. Laiz, esse é o quarto mais bagunçado do mundo. Se bem, que acho que nessa ela tá certa.
Mãe sofre de uma doença grave, que só as mães têm. Elas sofrem de hipocondria pelos filhos. O filho não pode ter uma dorzinha de cabeça que ela já pensa no pior, se tiver tosse é tuberculose e se tiver com aquela dorzinha no coração de gazes, Santo Deus, leva pro Pronto Socorro que é infarto.


Falando em infarto se tem uma coisa que mãe preocupa é como o nosso coração. E como criam expectativas em cima das coisas as danadas. Você sai uma vez com o cara e ela já liga o alerta do amor. Os próximos dias serão rodeados de perguntas, primeiro disfarçadas no meio de um assunto qualquer e depois na cara de pau mesmo. O fulano ligou? E você com aquela cara blasé: Não, mãe. Passa outro dia: O fulano ligou? E você novamente: Não, mãe. E no outro dia enquanto almoça: O fulano ligou? E você já com aquela cara de derrota, se sentindo a ultima bolacha murcha e esfarelada que ninguém quer responde arrasada: Não, mãe. E ela: Unh... Passa a batatinha. Se ela for com a cara do fulano ela vai perguntar dele eternamente, eternamente mesmo. Até hoje minha mãe pergunta de um cara que eu saia quanto tinha 15 anos. Agora se ela não for com a cara não vai adiantar você puxar assunto sobre, tentar convencer que é bacana, simplesmente não adianta. Aliás até adianta, até você arrumar um pior e ela cismar que anterior não era tão ruim assim. Mas não tem nada pior que indiferença de mãe. Ah tem sim, sexto sentido de mãe.




Mãe quando fala que uma coisa vai acontecer é porque vai acontecer. Não tem nem como pensar em tentar discutir. E o tanto que são cismadas? Sempre pensar no pior. Se não atender o celular é porque morreu. Se tá triste é depressão. Se tá com enjoo só pode ser gravidez. Aliás qualquer coisa pode ser gravidez. E como cismam. Laiz, não acredito que você escreveu isso, vão achar que você tá grávida. Outro dia minha mãe quase me matou porque coloquei no título de um texto Nossa Senhora Aparecida. Um dia ainda deixo minha mãe louca.


1 comentários

Há muitos poderes que eu queria ter na vida. Um deles é o de congelar momentos. Juro, tem momentos da minha vida que eu paro e penso: Se eu pudesse eu viveria esse momento pra sempre, sentiria isso nessa intensidade pra sempre e seria eternamente plenamente feliz. Sabe? Todo mundo tem momentos assim. Muitas vezes são momentos ridiculamente simples inclusive.



Se eu pudesse voltar no tempo seria bacana também. Se pelo menos eu pudesse voltar só pra sentir as coisas do mesmo jeito de novo, na mesma intensidade,  seria sensacional. Ás vezes eu até tenho deja-vu de sentimento. É muito engraçado. Você já teve isso? Quando alguma coisa, um cheiro por exemplo, te lembra algo que te lembra o sentimento. Dura milésimos de segundos, mas é incrível. Eu ficaria muito satisfeita se conseguisse fazer com que esses deja-vus durassem um pouquinho, só um pouquinho mais pelo menos.

  
É da natureza do ser humano cultuar o passado, temer ou ansiar pelo futuro e esquecer de viver o presente. Eu sou muito assim. Meu horóscopo, ascendente em câncer, explica isso perfeitamente. Gente, eu adoro horóscopo. Tenho um amigo que diz que se você ler todos os horóscopos sem se preocupar com o signo, você se identifica com todos. Ai me deixa. Cada um com sua fé né? Cultuar o passado e temer ou ansiar o futuro é em alguns casos minha salvação e em outros minha derrota. Funciona mais ou menos assim. Em momentos de felicidade eu fico me convencendo que não mereço aquilo e que logo terá fim.  Sério, sempre que estou em uma fase boa da vida fico só esperando a tragédia acontecer. Ninguém merece ser totalmente feliz né?

Desculpe, gente. Me apaixonei por "A Culpa é das Estrelas" e tenho vontade citar o livro o tempo todo.

Mesmo que eu tente me convencer e tente ficar mentalizando: "Você merece tudo isso sim, Laiz. Nada vai acontecer." É mais forte que eu e acabo mentalizando o negativo e no máximo torcendo para que não seja algo tão ruim, algo que eu possa superar. E quando você tem pensamento negativo já sabe né? Acontece. Graças a Deus até hoje tenho superado. Sabe por que? Porque quando algo muito ruim acontece eu mentalizo justamente o contrário. Ninguém merece ser infeliz também. Quando algo ruim acontece eu me agarro na esperança de que há algo muito bom reservado pra mim, um futuro muito feliz. É tudo culpa do horóscopo, apenas um inferno astral. E quando esse futuro feliz chega já sabe né? O ciclo recomeça. 

0 comentários



Hoje eu recebi um elogio muito bonito. Uma pessoa falou que me descreveu pra outra assim: A Laiz é uma pessoa que escreve com o mesmo fervor de uma criança brincando com o giz. Não é lindo? Você já elogiou alguém hoje? Se não, elogie e você fará alguém ter um dia melhor. Enfim, depois de um elogio desses seria uma afronta se eu não voltasse a escrever. Por mim mesmo, sabe? Me fez lembrar o quanto gosto de fazer isso, mesmo que ninguém leia, mesmo que ás vezes nem minha mãe ache graça. Acredite, acontece. Ela nunca disse que não gostou, mas percebo só pelo olhar. Escrever me faz bem porque eu me liberto de tudo aquilo que ficaria entalado na garganta. Ou pelo menos um pouco daquilo. 
Eu escrevo porque gosto de falar. Quem me conhece sabe que eu falo pelos cotovelos. Que expressão esquisita né? Não tanto quanto arrebentar com a boca do balão, mas esquisita. O problema é que me exponho demais. Eu simplesmente gosto de contar as coisas. Sou assim com quase todo mundo, mal conheço a pessoa e se vou com a cara já vou logo contando minha vida inteira. Se não vou com a cara já sabe né? Ás vezes me esqueço disso por algum tempo e acabo contando também. É engraçado como que tem gente que o santo não bate né? Enfim. Não há nada que me impeça de falar, eu começo e não paro mais, geralmente quando vou perceber já é tarde e já falei o que não podia. Eu sempre juro que vou me conter, mas não consigo é simplesmente mais forte que eu. 


Sou tagarela com piadinhas também. Sou daquelas que perde o amigo, mas não perde a piada. Do nada eu começo a fazer graça e se alguém rir FUDEU, eu não paro mais. Azar da minha família que tem que me aguentar nos almoços de domingo né? Porque no começo até é engraçado, mas depois fica chato e sempre acabo me arrependendo das merdas que eu falo. Sabe aquela ex BBB que foi no Faustão e disse que se nada desse certo ela viraria bailarina? MINHA CARA. Mandei pra um amigo zoando da cara da menina e ele, que inclusive tem esse mesmo gênio, falou: Puts, minha cara. E como a gente tem o mesmo gênio nesse aspecto logo conclui que é a minha cara também.

Eu juro que eu queria ser aquelas pessoas contidas, sabe? Misteriosas, que ninguém sabe da vida, que para saber das coisas você tem que conhecê-la muito bem para ter o privilégio. Esse tipo de pessoa sabe da vida de todo mundo e ninguém sabe da vida dela.  Na época da escola eu tinha uma amiga assim e eu invejava tanto essa característica. Acho que a deixava com um ar tão responsável. Nunca que ela sairia contando de quem gostava, quem pegou ou o quanto passou mal de tanto beber na festa do final de semana. Perto dela eu sempre me sentia tão irresponsável, louca e infantil. Não que eu fizesse mais que ela. Acho que inclusive fazia menos. Mas eu falava demais e isso nunca foi e nem será legal pra minha vida.
Odeio ser tagarela, odeio que minha vida seja um livro aberto. Só acho que tudo isso faz com que tenham uma imagem errada de mim. Eu falo demais, falo demais da minha vida pra todo mundo, mas poucos são os que realmente me conhecem. Acho que inclusive dá pra contar nos dedos.

0 comentários