Eu queria ser aquelas pessoas magras, sabe? Aquelas pessoas que têm o metabolismo aceleradíssimo, comem tudo que veem pela frente, não fazem academia e nunca engordam. Aquelas pessoas que comem 20 pedaços de pizzas no rodízio e você olha espantada pensando: Pra onde vai isso?! Eu tenho certeza que você já teve alguma amiga assim. Na minha vida inteira eu tive infinitas amigas assim. Todas vieram ao mundo com a missão de me lembrar o tempo todo o quanto a vida é injusta.

Tipo a Gisele que samba na minha cara desde sempre.

Eu amo comer, um amor profundo e duradouro. Comer é aquela paixão de infância que eu nunca vou deixar de ter. Eu posso me controlar, posso me privar, mas eu sempre vou amar. Quando li comer, rezar e amar imaginava cada cena e ficava com fome, nunca na vida tive tanta vontade de comer macarrão. E quando eu cismo que eu quero comer alguma coisa eu viro um inferno, só falo disso. Coitado dos meus amigos. Fico dias falando. Na verdade se você quer me ver tagarelar de verdade, fale de comida ou seriado. Mas principalmente de comida. Posso ficar horas falando de comida, de lugares onde encontro as melhores comidas, suas especialidades e tudo isso entre UNHHHHHs infinitos.
Esse livro é tão perfeito que acho que vou citar pra sempre.

Tenho as vontades mais engraçadas. Fiz uma dieta rigorosa de 4 meses e nesses meses adquiri desejos esquisitos por coisas que eu nem gostava tanto assim por exemplo, pamonha e pipoca. Eu quase chorava de vontade comer pamonha. Acho que foi uma abstinência tão forte que hoje em dia quase toda semana eu ligo pra minha mãe implorando: "Mãããe, por favor. Compra pamonha, eu to com desejo." E isso gerou em minha mãe um nível de preocupação tão alto que tive que ouvir durante um tempo perguntas e indiretas constrangedoras. Sim, ela achava que eu estava grávida. Mas agora ela já acostumou e sabe muito bem que se eu estiver grávida é de uma lombriga. Lombriga essa que já tem até nome: Cleonilda.

"Olha a pamonha, olha o curau." - Da série: Ícones que marcaram minha infância.
Eu vivo de dieta. Pode parecer que não, mas é verdade. Vivo me controlando, vivo me regrando, pensando o que pode e o que não pode. Mas as vezes não dá. Tenho um amigo que falou: A gente tem que comer pra viver e não viver pra comer. Ele tem razão, mas comer é tão bom. O problema é que sou 8 ou 80. Não consigo comer um brigadeiro, um pedaço de pizza, uma bola de sorvete ou  um saquinho pequeno de pipoca. (gente, sempre que escrevo pipoca volto pra ler se não escrevi errado. Porque, né?). Eu tenho que comer até morrer. Mas estou melhorando, juro. Tá sendo a minha atual meta.  Juro que acho mais fácil não comer do que comer só um. Depois que eu como uma bobeira no dia ligo o foda-se, acho que é porque comer é tipo um vício. Enfim, eu sou 8 ou 80 em tudo na minha vida. Costumo ser radical com tudo. Lembro de ouvir amigas reclamando de namorados de anos e dizer: larga. Ou é sim ou é não. Ou eu amo ou odeio. Ou fico totalmente apaixonada ou totalmente indiferente. Ou extremamente feliz ou "sei lá".  E acho que ficar sei lá é péssimo. Bobeira, né?

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