Esse post poderia muito bem se chamar "A menina e o tamanco" seria muito mais bonito, muito mais poético, mas melhor não. Eu sempre conto aqui as coisas que aprontava quando criança. Na verdade, pretendo continuar contando por um bom tempo porque tem muita coisa pra contar e adoro falar de infância, mas eu nunca contei o que já aprontaram comigo. E se é pra contar do meu lado vítima poderia contar da menina que me batia na escola na época em que isso não era bullying e muito menos dava cadeia, mas também seria comum demais, clichê demais, chato demais e não teria a menor graça.


Já viu criança quando ganha coisa nova? Fica olhando, admirando, experimentando, desfilando pela casa. E era bem assim que eu tava, principalmente porque havia esperado e pedido por aquilo por um bom tempo. Era meu primeiro calçado de celebridade da época porque foi o primeiro que fizeram de couro, até então só havia aquelas sandalinhas de plástico e eu nunca pude usar plástico. Consegue imaginar minha alegria? Meu pai não gosta de plástico. Quando eu falo isso parece algo banal, mas não é. Meu pai tem horror, nojo, aversão a plástico. Diz a lenda familiar... Porque lenda familiar você acredita quieta sem questionar e anos depois vai descobrir que não foi bem assim. Sabe quando seu pai dizia que morria de estudar quando na verdade escondia gibi atrás do livro? Bem assim... Enfim, segundo a lenda familiar meu pai tem trauma de plástico porque minha avó limpou o bico de sua mamadeira com álcool e pegou o gosto. Mal sabe meu pai que a intenção da minha avó era traumatizá-lo com o álcool e não com o plástico. Então vamos voltar ao assunto, tenho mania de desviar o assunto neh?

Estava de férias, tinha uns 5 anos. Fui eu, meu pai, minha mãe, minha irmã e o tamanco pra um hotel fazenda perto da minha cidade. Sabe aqueles lugares que você costuma ir na infância, acha a coisa mais legal do mundo e depois volta anos depois e vê que o escorregador não era tão alto como parecia? Você olha pra ele e pensa : "É isso? " Esse hotel é esse tipo de lugar, na época o lugar que mais gostava de ir. Só não vou falar o nome porque não estou recebendo nada pra isso e bem que tava precisando de uma graninha. Olha eu desviando o assunto de novo. Um dia, depois do almoço, fui dar uma volta com minha irmã enquanto esperava a digestão. Se tem uma coisa que eu chinguei em minha infância inteira foi o tal de ter de esperar pra fazer digestão. Criança é "hiperativa", sei que não é a palavra correta pra descrever que criança não para quieta, mas vou banalizar o termo, não consegue esperar não. Até porque a coisa que eu sempre mais gostei de fazer foi nadar, em um hotel cheio de piscinas legais isso aumentava consideravelmente a ponto de não deixar meu pais em paz perguntando de um em um minuto, incansavelmente: "Já posso nadar? Já deu o tempo? " Já posso nadar e já deu o tempo foi mais repetida na minha infância do que o famoso "já tá chegando? "

Então, estávamos dando uma volta, eu, minha irmã e o tamanco quando encontramos uma mulher e uma criança. Não sei quantos anos tinha a criança, só sei que me achava muito maior que ela, uma mocinha, então me lembro da criança como um bebê. Quando você é criança basta ser mais velho um ano para se sentir o grandão. Sentadas em uma pontezinha, com os pés no reguinho que dava em um rio fundo que corria por todo o hotel (pra quem não sabe reguinho não só é quando a gente senta e um pedaço da bunda aparece não, o famoso cofrinho, são também aqueles riachinhos, rasinhos que da pra ver o fundo e colocar o pé ) conversamos um tempo com a mulher sobre diversas coisas que se eu lembrasse agora ganharia dos elefantes não só no peso,mas também na memória. Toda a conversa acompanhada de um imenso zelo com o tamanquinho colocado estrategicamente sobre a pontezinha. Quando por um descuido, meu querido tamanquinho caiu no reguinho que se antes parecia calmo, agora corria violento levando embora meu mais recente sonho de criança. Saí eu e minha irmã, sempre juntas, correndo desesperadas, tentando evitar o pior. Enquanto a moça? Ria da nossa cara e em nada ajudava e por esse gesto se tornou a maior vilã da minha infância, merecendo um texto no meu blog. E o pior aconteceu, meu tamanquinho caiu no rio... E a minha frustração, tristeza e medo? Sim, medo porque eu temia uma baita de uma bronca. A bronca não veio, veio minha mãe, andando por todo o hotel, procurando por todos os cantos visíveis do rio comigo e minha irmã. Só me decepcionou por não ter xingado a mulher que riu da minha cara quando minha vontade era jogá-la no rio. Minha irmã até hoje diz que se lembra da sensação ruim, do dó que sentiu. E o tamanquinho nunca mais foi visto, e ainda tive que agüentar a piadinha de que ele estava servindo de barco para peixes. Adulto que não sabe consolar deveria ficar bem quieto, viu?



Quem gostar compartilha, quem não gostar compartilha também porque se perdeu tempo lendo até aqui que que custa compartilhar e me deixar feliz?
 Quem criticar nos comentarios eu vou me vingar porque eu não fiz com a mulher malvada que foi a vilã da minha infancia porque eu não sabia me defender, mas hoje eu sei, viu? Cuidado . Ui deu até medinho agora neh?

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Esse povo que não tem nada pra fazer fica comentando música dos outros...
Se tive a cara de pau de me meter com Drummond por que deixaria Barão Vermelho de fora? Nada contra a banda inclusive super recomendo o livro Cazuza, Só as Mães São Felizes (momento: olha gente eu leio livros. ) . O post é mais pra tirar o pó, as teias de aranha que tavam atormentando minha mente. Porque blogueira não pode tirar férias , quem ve pensa que tenho o blog mais visitado do Brasil. Mas é que blog é como um filho que se a gente não cuida ele morre e deus me livre de peso na consciência.
Nossa que chatice , meu deus. Só mais um recadinho: essas coisas em rosinha claro aí não são pra enfeitar não. Eu tenho maior trabalho caçando os links bonitinhos, fazendo várias citações pra ninguém clicar?

Por você eu dançaria tango no teto uaaaaau, spiderman? Apesar de que duvido que ele da conta de dançar. O homem aranha é o herói maior desengonçado que eu conheço. (sim, conheço vários super heróis. Sou amiga de todos, troco sms, converso no facebook...Só odeio quando um deles que não vou citar o nome manda solicitação de jogo, meu calendário, essas orkutices... olha como estou piadista (y) péssimo )
Eu limparia os trilhos do metrô
Uai , cada um com seu emprego.
Eu iria a pé do Rio à Salvador
Cada um com seu esporte também. Vai ficar com uns pernão, heim? Só não esquece o filtro solar. Regata é uó, mas marca de sol de regata é pior ainda.
Eu aceitaria a vida como ela é
Se a vida estiver boa é bem fácil aceitar mesmo.
Viajaria a prazo pro inferno
Viajar a prazo pro inferno eu não sei como é, mas no inferno seria no metrô lotado? Ai desculpa,não pode chingar seu emprego né?
Eu tomaria banho gelado no inverno
Aí que ótimo, dá o maior brilho para o cabelo.
Por você eu deixaria de beber
Recomendação médica? Problema no fígado? Roacutan?  
Por você eu ficaria rico num mês
Bom pra você uai. Certeza que vai virar a cabeça, gastar tudo com festas, putaria, viagens... Nem vai mais querer saber da minha humilde pessoa.
Eu dormiria de meia prá virar burguês
Não posso comentar a frase porque nunca entendi isso. Alguém com um nível superior de conhecimento poderia fazer o favor de explicar?
Eu mudaria até o meu nome
Como você chama? Astolfo? Etevaldo? 
Eu viveria em greve de fome
Olha a ditadura da magreza aí gente. ( leia no ritmo que aquele povo das escolas de samba usa )
Desejaria todo o dia a mesma mulher
Aquela da playboy? Aquela que é seu sonho de consumo? Se ficar mesmo rico, bem rico, em um mês quem sabe... talvez consiga.
Conseguiria até ficar alegre
Ui depressivo
Pintaria todo o céu de vermelho
What? Azul é tão bonito. Se pintasse de vermelho ia achar que o mundo tava acabando ou que já tinha chegado no inferno.
Eu teria mais herdeiros que um coelho
Ah que gracinha, gente ele quer ter herdeiros... Não é você que carrega na barriga né fiiduma? Fazer qualquer um quer fazer mesmo  ¬¬

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