Escolher o que eu queria ser "quando crescesse" foi tão difícil que eu mal sei como dei conta. Ao mesmo tempo em que foi muito fácil decidir como eu queria ser. Isso eu sabia desde muito pequena, tinha certeza. Estava lá claro nos pequenos detalhes para quem quisesse ver e tivesse o poder observador que só alguns têm. Observar é um dom.
Lá estava eu andando pela casa com o sapato 37 torcendo pelo dia em que ele serviria sem nunca esquecer do "fume", "tom" ou "malti". No vestido tomara que caia que sempre insistia em cair e no sonho de um dia possuir um "putiã bremeio" que por coincidência, seria mesmo coincidência?! Era sua cor preferida de batom.
Tudo que eu queria era ser igual àquela mulher. Porque antes de eu nascer ela já era mãe, mas eu não era nada. E se um dia eu conseguir ser metade da mulher que minha mãe é, já vou me considerar feliz, plenamente feliz.

1 comentários:

Adrieli disse...

Lindo Laíz. Me emocionei agora.
Vocês tem sorte de ter uma mãe como a "Nega", ela é uma pessoa linda e você e a Lu também. Bjão