Acho jornalismo uma profissão linda e que deve ser respeitada. Não me conformo quando certas vezes vejo essa profissão sendo desvalorizada de alguma forma, isso ocorre algumas vezes com o jornalismo nas grandes emissoras de Tv. Há reportagens extremamente interessantes enquanto outras são tão previsíveis que chegam a ser desnecessárias.
Estamos no inverno e acho que já vi umas 10 reportagens que mostram as mesmas coisas, o mesmo tipo de entrevista e isso cansa. Geralmente a pobre repórter, morrendo de frio, passa a mão por cima de algum carro para mostrar que há uma fina camada de gelo sobre o mesmo e mostra também “esculturas” formadas naturalmente, principalmente em árvores. Ah e não pode esquecer das pessoas. Elas devem aparecer com muita roupa de frio e devem responder a algumas perguntas como o que estão achando do frio, como elas se preparam para o inverno, com quantas roupas estão, coisas do tipo. A maioria responde que está adorando porque é turista, veio de algum lugar quente e vê o frio como grande atração, acha chique. Já ouvi gente falando que estava gostando do frio porque parecia a Europa. Considero o comentário aceitável se a pessoa já esteve na Europa.

Carnaval:

Locais a visitar: Pátio de escola de samba, sambódromo, salvador.

Reportagens: entrevista com madrinha da bateria famosa (perguntar como ela mantém a bunda dura), entrevista com responsável pela confecção de algum carro alegórico (ele representa algo que ninguém entende e tem um nome pior ainda), entrevista com alguma costureira (perguntar se vai dar tempo de terminar todas aquelas roupas), entrevista com algum cantor (a) de axé (perguntar como agüenta todo aquele tempo de show e qual o preparo para isso), apresentação de alguma música que eles dizem como lançamento, mas que você já viu na internet faz tempo e não agüenta mais ouvir.

Elementos importantes: O carro alegórico deve ser mostrado só se não estiver pronto, mulher desconhecida seminua sambando ( o nome não deve ser revelado, é apenas uma figuração).

Páscoa:

Locais a visitar: Supermercado, fábrica de chocolate, casa de pessoa desconhecida que faz ovos de páscoa artesanais, local onde será apresentado o teatro.

Reportagens: Preço do chocolate, andamento das vendas, processo de fabricação do chocolate, mostrar que mesmo com crise pessoas continuam comprando, apresentar o ovo de páscoa artesanal como uma forma de ganhar dinheiro na páscoa, entrevista com ator que fará Jesus no teatro da Páscoa, como perder os quilinhos adquiridos na páscoa, os benefícios do chocolate.

Elementos importantes: imagem chocolate sendo misturado, crianças felizes com seus ovos de páscoa, supermercado deve estar lotado.

Maio, mês das noivas:

Locais a visitar: Evento que reúne várias novidades para casamento.

Reportagem: Como o mercado nesse ramo cresce cada dia mais, as dificuldades para se realizar o casamento, dicas para escolher o vestido certo para seu corpo, novidades e coisas diferentes para casamento, porque as mulheres querem casar nesse mês, saiba porque a Iogurteira top therm é um ótimo presente de casamento.

Elementos importantes: Modelos devem desfilar os vestidos (não importa que todas têm o mesmo tipo de corpo, o tipo vareta), imagens de noiva feliz jogando o buquê.

Dia das mães / pais:

Locais a visitar: Shopping e 25 de março.

Reportagens: Como andam as vendas, entrevista com pessoas que deixam para ultima hora, entrevista com famosa (o) que acabou de ser mãe (pai), matéria com mãe (pai) que teve filho no dia, porque a tekpix é o melhor presente.

Elementos importantes: Shopping movimentado, famosa com neném, desconhecidos com neném (importante: a imagem deve ser gravada na cama do hospital), família feliz em um local bonito (dica: jardim, praça) , dizer que a tekpix é o melhor presente porque a parcela é um real por dia não esquecer de comparar isso com o preço de um cafezinho).

Férias:

Locais a visitar: casas comuns, colônias de férias, acampamentos, estradas.

Reportagem: o que fazer com seus filhos nas férias, o movimento das estradas (importante perguntar de onde pessoa está vindo e para onde vai).

Elementos importantes: Crianças fazendo bagunça com cara encapetada.

Natal:

Locais a visitar: Shopping, 25 de março, Presépio famoso, casa do papai Noel, pinheiro gigante.

Reportagem: Andamento das vendas, entrevista com pessoas que deixaram para ultima hora, visita à casa do Papai Noel, entrega de presentes para crianças pobres, ler alguma cartinha emocionante enviada ao Papai Noel ,mas que na verdade é para os correio, receita de peru de Natal, coral de crianças cantando, mostrar a difícil decoração do pinheiro gigante, saiba porque tanto a iogurtheira top therm como a câmera tekpix é um ótimo presente.

Elementos importantes: Mostrar decorações, crianças felizes com seus brinquedos, tudo deve estar acompanhado de música natalina.

Reveillon:

Locais a visitar: praia, local onde está sendo montado palco do show da virada.

Reportagem: Simpatias e previsões para o ano novo, a virada ao redor do mundo, que roupa usar no ano novo, o que fazer na ceia, como emagrecer os quilinhos adquiridos nas festas de fim de ano, movimento nas estradas, preparação dos fogos de artifício, entrevista com artistas do show da virada, preparação para show da virada.

Elementos importantes: Pessoas felizes e esperançosas, fogos de artifício, fingir que artista estava ensaiando e não via que estava sendo filmado.

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Necessidade de auto-afirmação é a característica mais apurada em homens. Por conta disso querem sempre provar ao mundo que não são gays e o fazem das mais diversas e minuciosas formas. É por isso que gostam de sair por ai, pegar todas e ainda contar para os amigos. Por que que graça tem se ninguém fica sabendo né? Só que a maior prova disso é não assumir o quanto morrem de inveja das mulheres. Inveja pelo poder de sedução, pela capacidade de conseguir tudo aquilo que querem com um jeito que só elas entendem, mas principalmente inveja pela nossa capacidade de se comunicar umas com as outras através do olhar. Aquilo que os homens precisam de pelo menos meia dúzia de palavras para dizer a mulher diz apenas com um olhar.


Sabe aquela moça que passa e está com a roupa absurdamente brega? Você não pode dizer, mas pode esperar ela passar e depois apenas olhar para a amiga com quem está, ela entenderá o recado e isso renderá assuntos futuros. Se o homem que passa é absurdamente lindo, mas acompanhado. Comentar poderia dar rolo, mas olho não tem cerca. Pode até comentar mais tarde, eu disse mais tarde porque na hora é extremamente arriscado. E é por conta dessa característica feminina que me dá desespero andar sozinha. Ter que guardar o comentário pra mim? A língua até coça, a vontade de encontrar logo alguém para comentar. Só que comentar com quem não viu perde a graça, a emoção e por mais perfeita que seja a descrição do ocorrido não é igual. Quando a situação é engraçada eu rio, rio sozinha. Desagradável é o medo de passar por louca. Faz parte, quem é que nunca passou?

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Dizem que um talento é muito bom quando acompanhado de empreendedorismo. Vivem dizendo que falta isso ou aquilo no blog, que falta principalmente uma forma eficaz de divulgação. Realmente, depois que o blog ganhou cara nova, perfil no twitter e página no facebook, tudo graças ao Jony Dias meu herói as visitas simplesmente dobraram.


Sim, me falta empreendedorismo, mas é tudo culpa de meu trauma de infância. Já fui diferente, já planejei montar loja de roupa, havia até escolhido nome e tema. Tudo mudou graças aos meus vizinhos.

Já vi muito filme em que criança vende limonada em barraquinha de madeira na porta de casa. Comigo foi diferente. Eu,a Lu (minha irmã) ,a Le e a Quel (minhas primas) tentamos vender sacolé (chup-chup, geladinho, como preferir chamar) e não posso dizer que não vendemos nenhum porque seria mentira. Uma vizinha comprou, era amiga da minha tia. Comprou porque queria ser boazinha e não porque se sentiu atraída pelo produto. Acha que desistimos? Claro que não. No fundo foi até bom, chupamos todos por um bom tempo.

Quem nunca tentou vender pulseirinha de miçanga na escola? O que eu gastei em material que me parecia investimento foi na verdade um baita de um prejuízo. Vendia fiado na escola, quase ninguém me pagou até ontem. Entendi com isso o motivo das plaquinhas na padaria dizendo que não vendem fiado. “Vendemos fiado só para maiores de 90 anos acompanhados pelos pais”

Da terceira vez foi extremamente frustrante. Já percebeu que a maioria das idéias funciona assim? Na teoria parece excelente, mas na pratica é um desastre. Tantos pés de eucalipto atoa na fazenda? Pra que? Podíamos pegar tudo aquilo e transformar em desinfetante. Mato + água virar desinfetante? Altamente lucrativo. Passamos a tarde inteira juntando folhas e lotamos o carro de sacolas. No outro dia estávamos lá, mais uma vez cuidando do nosso importante negócio. Dessa vez nem a vizinha boazinha comprou. Não adiantou pedir, implorar, usar da arte do convencimento. Uma disse que já havia comprado naquele mês, eu pedi para que nos procurasse quando acabasse. Não procurou até hoje. O dia que procurar quem sabe ressurja meu espírito empreendedor.

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Quando ouvimos um conto pela primeira vez não possuímos malicia e não percebemos suas mensagens subliminares. Branca de neve sempre foi meu conto preferido e aprendi a vê-lo com outros olhos.

A começar que ela não tem mãe como a maioria das outras princesas. A maioria dessas é órfã de pai, ou de mãe, ou dos dois. Isso não seria absurdo se a maioria das crianças quando questionadas se querem ser princesas não respondessem que querem. Percebe o drama? Ela prefere ser bonita, ter poder, príncipe encantado a presença dos pais. É um caso de desvalorização da família.

Passamos agora para o trabalho escravo. Não, não mudei de conto e estou falando da Cinderela, mas ainda da Branca de Neve. Quando ela foge pela floresta e encontra a casa dos anõezinhos, o que acho uma cena um tanto quanto incomum, ela se hospeda na casa deles, mas em troca trabalha para eles. Todo mundo acha isso bonito, os anões bonzinhos, quando na verdade o que eles fazem é escravizá-la.

Há também uma passagem bíblica, do velho testamento. Como Eva, a princesa come a maçã. Mas que raio de graça essa mulherada vê na maçã? E olha que nem é uma maçã do amor, é uma comum mesmo. Já falei disso em Tensão pós maçã. Além disso, ela não deveria ter conversado com estranhos, muito menos ter aceitado comida. É uma prova que a educação materna fez falta.

Depois de comer a maçã a princesa morre, bate a caçoleta, veste o paletó de madeira (de vidro no caso, acho chique). Os anões choram, não porque sentem saudade, mas porque morreu a escrava do lar gostosa. Quem nunca ouviu alguém dizendo que Branca de Neve era pedófila? Não conformo com essa afirmação, anão não é criança. Enfim, o príncipe chega, a beija e ninguém diz nada? Isso é necrofilia gentchi. Ninguém acha um absurdo ele beijá-la morta? Só porque é príncipe porque se fosse um pé rapado qualquer ia chover críticas. E quando ele a beija o que acontece? Segunda passagem bíblica, ressurreição. Impressão minha ou Branca de neve virou Jesus?

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Era um homem comum, morava em uma casa simples no fim da Rua Maria Antonieta em uma cidade interiorana de Minas Gerais. Dizem que era honesto gentil e possuía um ótimo caráter. Era o melhor em sua profissão. Mas tinha um problema desconhecido por todos. Era absurdamente curioso.


Se curiosidade fosse proibido estariam todos os seres humanos ferrados. Já tentaram diminuir esse problema e mataram gente inocente para servir de exemplo. A curiosidade matou o gato, de nada adiantou. Ninguém deixou de possuí-la por isso e coitado do gato que nada fez. Enfim, a curiosidade não seria um diferencial para o homem se não fosse exagerada, quase impossível de se conter. Foi também ela fator fundamental para a escolha de sua profissão. Seu nome era Nestor.

Nestor queria saber da vida de todos e não queria demonstrar isso. Tinha receio de ficar com fama de fofoqueiro, o que seria realmente uma grande injustiça. Queria saber apenas, não divulgar. Ficava boa parte de seu tempo observando as pessoas e sonhava em descobrir o que se passava na cabeça de cada uma delas. Tinha curiosidade também em descobrir pequenas coisas que mais ninguém notava como o motivo de Magnólia chegar mais tarde em casa às terças feiras ou da filha do padeiro parecer sempre tão triste. Não saber lhe corroia por dentro. Só quando descobrisse todas as coisas a respeito de todos na cidade poderia viver em paz.

Sem que todos jamais desconfiassem o senhor tinha a vida deles em suas mãos. Faltava malicia aos habitantes daquela pacata cidade. Nestor foi uma criança genial, nasceu curioso e por isso se pôs desde pequeno a pensar em um modo de se satisfazer. Foi assim, que teve a brilhante idéia que mudaria sua vida para sempre, seria chaveiro. Começaria o mais breve que pudesse e assim poderia um dia possuir a cópia de todas as chaves da cidade. Não daria inicio ao seu plano enquanto não as tivesse, era uma questão de cautela. Se algo por um acaso desse errado, perderia a credibilidade e seu plano iria por água abaixo.

Foi em uma tardezinha, do mês de outubro que o curioso se deu conta que sua coleção estava finalmente completa. Podia então começar a colocar seu plano em prática e o fez. Escolheu Magnólia como sua primeira vítima e sabia muito bem que chegava mais tarde às terças. Era segunda feira, não poderia ser mais perfeito.

Esperou ela sair de casa, aproveitou a calmaria da rua e entrou na casa, na maior naturalidade, como se lá morasse. O sobrado tinha cheiro de mofo, logo na sala de visitas havia uma mesinha com uma enorme quantidade de porta retratos do falecido marido. Nestor sentiu pena e por um momento pensou em desistir da idéia, mas não o fez. Continuou, subiu as escadas, passou por um longo corredor e chegou ao quarto da idosa que ficava ao final.

Havia várias roupas de festa jogadas sobre a cama. O pó de arroz e o perfume sobre a penteadeira ainda estava destampados. Foi quando o senhor observou o objeto que seria a pista perfeita. Estava sobre a cômoda, tinha uma bela capa caramelo de couro, era a agenda de Magnólia. Tratou logo de abri-la e se pôs desesperadamente a procurar alguma pista. Não foi difícil, estava lá em todas as terças feiras o mesmo compromisso marcado em caneta azul. Encontro com Frei José.

Nestor não acreditava no que estava lendo. Em um primeiro momento ficou sem reação, imóvel,mas depois riu, riu muito, até a barriga doer e ter que deitar na cama para rolar de rir literalmente. Seu riso foi interrompido pela porta que bateu bruscamente. Olhou o velho relógio sobre o criado mudo e viu que ainda era cedo, algo devia ter ocorrido. Não importava, precisava se esconder. Lembrou-se de novelas que tinha assistido e se escondeu em baixo da cama, pois o armário seria mais arriscado. Os passinhos se aproximavam cada vez mais, passos miúdos e ligeiros. Magnólia entrou no quarto.

Momentos de tensão são sementes para grandes ataques de riso, e foi o que ocorreu. Após imaginar a idosa e o padre nas mais constrangedoras situações ele não agüentou e o riso veio à tona. Ria muito e se sentia culpado por isso. A senhora gritou e ameaçou chamar a polícia. Foi nesse momento que Nestor fez algo que não era de seu feitio, não estava nos planos. Saiu debaixo da cama e disse decidido. Pra que chamar a polícia, chame Frei José, Dona Magnólia.

A viúva ficou branca, suas pernas bambas, se sentou na cama e lá ficou sem reação. Ele aproveitou do momento e saiu de fininho pela porta. No outro dia recebeu uma carta. O chaveiro era agora herdeiro universal não só de todos os bens da querida Magnólia como também do respeitado Frei José.

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O mundo é injusto e isso é um fato. Com os inventores não poderia ser diferente. Thomas Edson, por exemplo, inventou a lâmpada enquanto Einstein inventou a Teoria da Relatividade,mas há certos inventores que são totalmente esquecidos mesmo que tenham criado algo tão simples e ao mesmo tempo tão genial. É o caso do inventor da janela, nunca ouvi e creio que ninguém ouviu falar do coitado.


Não consigo imaginar um mundo sem janelas, uma coisa tão básica e ao mesmo tempo com tantas funções. Ao primeiro ver ela possui duas funções principais que são iluminar e ventilar que já vale bastante. Ficar com a porta da casa aberta o dia inteiro mesmo que na cidade mais pacata não daria muito certo e por isso a janela possui total aceitação no mercado. Há quem use a janela para observar, para bisbilhotar a vida alheia e depois fofocar com a vizinha da frente através da mesma. É um meio eficiente de comunicação,poder conversar sem sair de casa quando não havia telefone e internet foi uma verdadeira evolução tecnológica. Ela também que te livra de ter que atender a tal da visita indesejável que todo mundo tem. Aquela espiadinha básica para ver quem é e dependendo de quem for, fingir que não está, seria impossível sem ela.

Foi essencial para os namorantes do passado. Quando a moça estava disponível, e eu não estou falando de status de MSN e sim de avursa, solteira. Enfim, quando a moça estava solteira era na janela em que ficava esperando um pretendente, um bom moço passar e por ela se interessar. Se isso ocorresse ele voltaria a passar para admirá-la, começariam a trocar olhares, flores poderiam ser deixadas na janela, bilhetinhos jogados pela janela e serenatas deveriam ser feitas ao pé da janela.Sem que a moça aparecesse é claro.Ficaria ali, escondida apenas com umas luz acesa para que o pretendente visse que a serenata foi ouvida por quem deveria ser. Quem sabe mais tarde podiam casar, ter filhos e todas aquelas baboseiras que a mulheres de antigamente sonhavam. Se por um acaso, a moça ficasse o dia todo na porta seria muito fácil e não arrumaria um bom partido, a janela expõe na medida certa e conserva a reputação.

Embora o inventor da janela não seja reconhecido ela é. Não é a toa que é citada tantas vezes em musicas ou poemas.




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Amor é aquilo que muitos poetas e cientistas tentaram, tentam e continuarão tentando explicar, em vão. Amor não tem explicação. Namoro quando sério, bem vivido, é expressão mais pura e bonita do amor. Amor é sentimento, namoro é o compromisso que o torna público e oficial.


Namoro é sentimento egoísta, o relacionamento não continua se uma das partes não esta satisfeita, ou pelo menos não deveria. Namorar é fazer aquilo que você acharia ridículo se visse qualquer pessoa em sã consciência o fazendo. É entender coisas que só quem namora entende. É fazer de qualquer briguinha uma novela mexicana. É achar graça das coisas simples da vida. É sentir saudade antes mesmo da partida, é temer a saudade. É achar em qualquer pessoa do mesmo sexo uma inimiga em potencial. É deixar os amigos de lado mesmo sabendo que quando aquilo acabar são eles quem vão te consolar, é crer que aquilo não vai acabar. É fazer do namorado um mito personificado. É fazer planos para o futuro ao mesmo tempo em que luta contra o tempo que insiste em passar. É perceber que anos se parecem meses, semanas se parecem dias e horas se parecem segundos quando se está junto; achar que segundos se parecem horas, dias se parecem semanas e meses se parecem anos quando se está só. É entender com isso, da pior maneira possível, o real sentido do tempo psicológico.

Namorar é torcer, rezar, apelar para o santo para que aquilo que é tão lindo e profundo nunca se acabe. Nada é eterno. Como tudo na vida o namoro pode acabar. Muitas vezes sem que nem mesmo haja uma explicação convincente e racional. Se o namoro é inexplicável o fim não poderia ser diferente. O amor sai de cena e entra o seu rival, o ódio. Cartas são rasgadas, lágrimas derramadas, amigos guardados na gaveta são retirados de lá e servem de apoio. Esperam o tempo passar, ele que cura tudo. Percebem que os sentimentos ruins não valem a pena, decidem guardar apenas os bons momentos na memória. Recomeçam, encontram um novo namorado com quem viverão as mesmas coisas, porém com um sabor único e especial.




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Do mesmo modo que muita gente espera ansiosamente pela chegada do aniversário, outras morrem de pavor, não podem nem ouvir falar do mesmo. O motivo comum é por ser menos um ano de vida, mais rugas e fios brancos na cabeça. Isso é comum, óbvio e não tem graça nenhuma.

Por que será que aniversário é uma data tão querida temida?

1. A tia chata:

Ela que aperta a sua bochecha enquanto diz o quanto você cresceu e que te pegou no colo. Pior era naquela fase de pré adolescência onde tudo que você queria era ser criança e tinha que ouvir que estava virando uma mocinha.

2. Perguntas inconvenientes:

É nesse dia que vão perguntar: Tá namorando? Quem? Filho de quem? Não? Por que? A minha vó uma vez disse que eu não estava namorando porque não gostava. Anh? Querida vó Ana, não é porque não estou namorando que eu não gosto de homem, pelo contrário. E aí? Já decidiu o que vai fazer da vida? Tem que decidir hein? Já ta na hora! E os vestibulares? Tudo aquilo que a gente adora ouvir.

3. Telefonemas intermináveis:

Todos dizendo a mesma coisa, tudo aquilo que você já cansou de ouvir e a pessoa só está fazendo aquilo porque é mais uma das tantas obrigações sociais. Dói a bochecha sorrir e falar obrigada. Não precisa citar cada coisa que há de bom no mundo para desejar, basta falar: tudo de mais perfeito ou tudo que há de melhor, você merece. Mesmo que não mereça, seja falso, nesse dia todo mundo é. Poupa tempo, evita stress e é excelente.

4. Presentes:

Sim, presentes. Não, você não leu errado querido. Presente de grego. Aquele que você tenta fingir que gostou. Pior é que mesmo que o presente seja bom eu fico com medo de abrir e não conseguir demonstrar o entusiasmo esperado e pensarem que não gostei.

5. O que fazer no “Parabéns”:

Durante essa musica infernal nunca sei o que fazer. Sou o centro das atenções e não sei se devo cantar junto enquanto bato palmas ou apenas sorrir em sinal de agradecimento. Acho estranho bater palma pra mim mesmo, portanto decido pela segunda opção. Sorriso amarelo e rezar para a tortura acabar é a solução.

6. Com quem será?

Quando era pequena já vi gente correndo, se trancando no quarto ou escondendo debaixo da mesa nesse momento. Nunca fiz isso. Para que causar polemica em um dia que eu já sou centro das atenções? Preferia fazer cara de merda ainda mais se o menino era feio.

Na adolescência é muito pior. Sabe aquele menino que sua família nem sonha que você está ficando e não aprovaria? É nesse momento que suas amigas farão questão de revelar no calor do momento. O mesmo acontece se você gosta de um menino e ninguém sabe sabia.

7. A pressão psicológica em relação ao primeiro pedaço:

Porque as pessoas se sentem ofendidas se não recebem o pedaço sagrado. Querem ser “a escolhida”, o centro das atenções número dois.

8. A festa:

Nessa você passará rapidamente de aniversariante para garçonete. Sua função que antes era sorrir agora é servir. Ainda tem que torcer para que a arrumação também não sobre para você.

9. O primo mala:

Você tem que ser cuidadoso para que seu primo não apague sua vela e roube seu pedido de aniversário que como o nome diz só pode ser feito no aniversário.

10. Sozinho:

Ninguém lembrar. Retira todos os itens anteriores, mas é o pior e o mais temido.

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Nada descreve tão bem os relacionamentos românticos amorosos que o poema Quadrilha de Drummond.


“João amava Teresa que amava Raimundo..”

Sempre tive dó do João porque ele ama, mas não é amado por ninguém. Poxa, será que nem a mãe dele gosta dele? Que dó, que dó, que dó !

“...que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém.”

Gosto da Lili, representa a independência da mulher. Ela é ela, ama a si mesma, não ta preocupada com muleque não. Curte a vida, pega, mas não se apega.

“João foi para os Estados Unidos.”

Aí o João, ficou revoltado porque aqui ninguém o queria. Começou a entrar em sites de bate papo, onde conheceu uma gringa peituda por quem ficou perdidamente apaixonado. Foi para os Eua conhecê-la e descobriu que na verdade a garota da foto era a irmã de um cara que se encantou por ele. É, João, não pode mais reclamar que não tem quem goste de você. Resolveu ficar por lá, aderiu ao movimento gay e está feliz para sempre.

“Teresa para o convento...”

Não agüentando mais esconder o seu amor, declarou-se para Raimundo. Ele que não é bobo nem nada, percebeu que ela estava em suas mãos, usou, abusou e jogou fora. Teresa é de cidade pequena, ficou mal falada. Não havia outra solução, teve de ir para o convento. Lá, ficava o dia todo pedindo a todos os Santos que conhecia que Raimundo fosse punido pelo que havia feito.

“Raimundo morreu de desastre”

E deu certo

“Maria ficou para tia”

Ela até tinha pensado em dar uma chance pro Raimundo depois que não tava pegando nem mosca. Pena que o dia que ela ia falar isso ele morreu.

“Joaquim suicidou-se”

Já havia se conformado com o fato de Lili não dar bola para ele. Achava que era lésbica e, portanto, não havia solução. Foi quando chegou um cara novo na cidade, J.Pinto Fernandes, e Lili se apaixonou perdidamente. Joaquim pensava que aquilo não ia dar certo, mas foi no dia em que recebeu o convite que se suicidou

“Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história.”

Lili, dexei de ser sua fã. Logo você, que não queria ninguém? Cadê a independência? Foi casar, minha filha? Inocente do Joaquim que achava que Lili não gostava do pinto.

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Estava o pai e a filha viajando quando passaram em frente a um motel. A menina muito curiosa pergunta qual a diferença entre um motel e um hotel. O pai meio constrangido com a pergunta tenta enrola-la dizendo que não sabe, em vão. A menina insiste e não para de perguntar. Adulto quando questionado sobre algo que não sabe ou que até sabe, mas julga como não sendo assunto de criança fica todo nervoso e não consegue dar uma resposta clara. O pai cansado das interrogações diz à filha que motel é o local aonde as pessoas vão apenas para dormir. A menina não entende muito bem, mas vê que o pai parece nervoso e resolve não perguntar mais.


Meses depois estão os mesmos viajando em companhia da mãe e da irmã. O plano era de apenas passar o dia na cidade e logo voltarem para dormir. Por um motivo qualquer se atrasam e o pai, preocupado em pegar estrada a noite, resolve pousar na cidade. Obviamente não haviam feito reserva em um hotel, partem então a procura de um. Depois de muito tempo procurando e não encontrando vem a brilhante solução. “A gente podia ficar em um motel”. A mãe assustada olha para o marido com aquele olhar de incógnita, não entende da onde a filha tirou aquilo. E a menina sem obter resposta continua “Pai, você não disse que as pessoas vão a um motel para dormir? A gente só vai dormir mesmo, que que tem? “ E o pai arruma uma resposta rápida “Não dá meu bem, em motel não pode entrar criança. “Mas por que?” Crianças e seus porquês quando você acha que o assunto está encerrado elas soltam uma dessas. “Porque criança faz muita bagunça e atrapalha o sono das pessoas” A menina fica inconformada de ver sua solução para os problemas ir por água abaixo, pior ainda porque estava cansada e iria demorar um bom tempo para poder dormir e uma cama quentinha.

Muitos anos depois não se sabe como, mas ela descobriu o porquê não pôde passar aquela noite em um motel. Agradece até hoje em pensamento ao pai por não ter traumatizado sua infância, tudo tem seu tempo. Substitua a menina por Laiz e você terá noção o tanto que eu era pentelha quando criança. Tá, ainda sou.

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Costumava ser bem noveleira, não sou mais, prefiro perder tempo na internet. Sou viciada em filmes como dá pra ver na minha bio. e gosto de livros também. Esses são reflexos do mundo real, até os mais viajados de ficção, mesmo que subliminarmente carregam algum valor da sociedade. Homens não prestam, mulheres são freqüentemente abandonadas a única diferença é como isso é feito.


O cúmulo da tragédia é quando o abandono ocorre no altar, não só da tragédia como também do irreal. Nunca soube de um caso verdadeiro desses, nem a prima da tia da amiga da vizinha da minha vó. Mas, o caso que mais ouço de abandono é, saiu pra comprar cigarro e nunca mais voltou. É uma tristeza, geralmente o sujeito não deixa só a mulher como também um filho pequeno,ou vários. Se eu fosse casar, o que tenho certeza que não vou fazer, jamais deixaria meu marido sair pra comprar cigarro. Compraria pra ele se fosse preciso, melhor, não casaria com algum fumante. Odeio cigarro e tem coisa mais injusta que ser fumante passiva? Se eu quisesse destruir meu pulmão eu o faria sozinha, sou maior e tenho livre arbítrio para isso.

O problema de ser abandonada por um cara que diz que vai comprar cigarro não é nem o abandono em si. Cadê a estória pra contar? Sobra drama, mas falta originalidade. Se isso for ocorrer que seja algo diferente, fugiu com meu melhor amigo. Sim, eu disse amigo porque amiga também é tão clássico. O ministério da saúde adverte cigarro causa câncer, impotência sexual e abandono do lar.

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Sabe aquele casal que você não bota fé? Aquele menino que nunca valeu nada com a Madre Tereza de Calcutá? Aquele projeto de seminarista com a vizinha depravada? Eles começam a sair, todos acreditam quem é só diversão. Ficam com dó do santo da relação, tentam colocar justificativas interesseiras para compreender aquilo e ficam esperando ansiosamente pelo fim, que não vem. Eles se apresentam para as famílias que não vão contra, viajam juntos, fazem planos, mas você continua descrente da relação. De repente percebe que a coisa é realmente séria, não há mais volta, a decisão foi tomada. Colocaram “em relacionamento sério com..” no facebook.

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Regras de etiqueta são um saco. As básicas são compreensíveis, não é bonito ver alguém comendo sem talher ao mesmo tempo em que fala com a boca cheia. Mas, o dia em que alguém me der um motivo plausível do porquê não pode colocar o cotovelo em cima da mesa eu juro que eu tento não o fazer (sempre, talvez, nunca).


Casa de vó é famosa pela fartura, quando mineira então nem se fala. Tá aí um estereótipo mineiro. Cozinhar bem, comer muito e o pior comer queijo minas e pão de queijo todo o santo dia. Sou mineira, adoro Minas, odeio queijo e não me sinto um ET por isso. Não como pão de queijo todo dia e se o fizesse seria mais gorda que o Jô ,antigamente eu diria que o Faustão mais o fio fez o favor de emagrecer e destruir minha infância. Faustão magro não é Faustão, é Fausto e logo será Faustinho. Enfim, quando vou comer na minha vó quase morro, me empanturro e quando estou quase morrendo ela e meu vô me mandam comer mais. Tem razão to tão magrinha ¬¬. Eu digo que não quero porque estou cheia e pronto começa a saga “Vamos ensinar etiqueta para a Laiz”. _ Não é cheia, é satisfeita. _Não, é cheia mesmo, satisfeita eu tava da ultima vez que vocês me ofereceram agora estou cheia, não cabe mais nada, prestes a explodir. Mas você acha que alguém me entende? Continuam me enfiando regras de etiqueta até eu ficar cheia. Sim, eu disse cheia e não satisfeita.

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Ela que destrói relacionamentos familiares, amorosos ou profissionais. Ela que faz algo tão pequeno tomar uma grande dimensão. Ela que é os olhos de quem não vê, que quem a faz nega ferrenhamente dizendo que apenas repassa informações. Eu lhes apresento a tão temida e ao mesmo tempo amada e procurada, dona fofoca.


Um nomezinho tão estranho que me lembra um animal tão indefeso. Quem não se lembra da fifi a foca que gostava de fofocar na janela? Se não lembra não teve infância, fato.

As revistas de fofoca são freqüentemente condenadas, dizem que ganham dinheiro com a desgraça alheia. Não as condeno , para elas a fofoca é apenas um produto e que só existe porque tem publico. Pior é a gente que faz isso sem ganhar um tostão. Quem nunca fez ou foi vítima de fofoca que atire a primeira pedra. Você se lembra que prometeu que não contaria para ninguém, mas sabe como é né? A língua coça, você não agüenta e o veneninho escorre. “A vida alheia é mais interessante que a sua”.

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Quando fiz meu post Entre o céu e o inferno veio gente querendo pagar de santinho me falando que aquilo era um absurdo e que jamais iria pro inferno. Aham senta lá Cláudia pra esse povo tudo. E os dez mandamentos? O básico do básico, alguém respeita? Nããããããããããão minha filha nããããããããããão


1. Amar a Deus sobre todas as coisas

A criança chega para a mãe e fala que a ama mais que tudo nesse mundo e a mãe diz que isso é muito bonito mais que ela deve amar a Deus mais que a ela. A primeira fica revoltadíssima por ter de amar alguém que nem conhece mais que sua própria mãe.

2. Não fazer imagens para adoração

A pré-adolescente está feliz por ter comprado o pôster do Restart ou do Justin Bieber. Tudo bem que muita gente pensa que isso é imagem para odiação, mas como tem gosto para tudo para elas é de adoração sim.

3. Não tomar seu santo nome em vão.

Esse não dá nem pra citar, porque ‘Ai meu Deus’ é a coisa que mais ouço na vida nas mais diversas situações. Mania que o povo tem de apelar pro santo e se o santo não der jeito, apela pra Deus.

4. Guardar os dias de sábado.

Ah não, injustiça. Esse fazem bem. A mãe chega para a filha e perguntam se vão a missa e a filha responde que não pois guardou o dia de sábado para ir numa balada com os amigos.

5. Honrar pai e mãe.

Esse têm mania de querer fazer. “Sabe com quem ta falando?” “Sabe de quem eu sou filho?” meu professor de biologia uma vez respondeu pra um menino “Eu não sei não uai, pergunta pra sua mãe. Na verdade, quem é sua mãe?”

6. Não matar.

Se até minha mãe já me jurou de morte imagina meus amigos ou o povo que não me conhece.

7. Não adulterarás.

Ahaaaaaaaaaam senta lá Cláudia [2]. “O que os olhos não vêm o coração não sente”.

8. Não furtar.

Quem nunca roubou uma idéia? Nada se cria tudo se copia e o segredo é esconder as fontes.

9. Não levantar falso testemunho.

Para não ser considerado culpado vale tudo. Não fui eu. A músiquinha de roubar pão na casa do João é prova disso, um sempre vai colocando a culpa no outro e eu fui a única que não o fiz.Então quem fui?

10. Não desejar a mulher do próximo nem cobiçar nenhum de seus bens.

Se você respeitou os outros mandamentos esse eu garanto que te levará ao inferno. Oi inferno.

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