Nostalgia é um sentimento que adoro cultivar. Vira e mexe me pego pensando principalmente na minha infância, um passado idealizado onde tudo é perfeito. Quando for grande, grande não porque já desencanei da idéia de crescer, mas quando for adulta tenho certeza que farei o mesmo. Ficarei lembrando com saudade dessa fase da minha vida sendo que hoje a única coisa que faço é reclamar.


Adoro procurar fotos antigas, fico olhando e tentando lembrar os detalhes daquele dia. Gosto também de ler agendas, cartas e bilhetes guardados. Quando faço isso tenho a impressão que exagerei, fazia drama por coisas tão bobas. Não foi exagero. Na época realmente devia ser dramático.O tempo passou. Quando me falavam que passaria e que não deveria me preocupar nem dava ouvidos, achava tão idiota. Hoje acho uma grande verdade. O tempo cura tudo. Deixe-o passar e aproveite cada segundo antes que o seu acabe.

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Reclamar, reclamar, reclamar e reclamar. Se está calor ou frio, se o copo está muito cheio ou vazio, se o tempo está chuvoso ou seco,se não tem nada pra fazer ou se precisa urgentemente descansar, o importante é reclamar.Se ninguém liga ou se aquele mala que você odeia liga, se está muito gorda ou muito magra, se o cabelo é muito enrolado ou se não quer enrolar, o importante é reclamar. Se não tem pra onde ir ou se tem, mas não quer ir, se você não consegue fazer algo ou consegue, mas não é recompensado, se o emprego não é legal ou não existe, o importante é reclamar. Se a TV ou não liga ou nenhum canal presta, se o cachorro não para de latir ou se queria ter um como melhor amigo, se sobra grana e falta tempo ou sobra tempo e falta grana, o importante é reclamar. Reclamar, reclamar, reclamar e reclamar sem jamais sequer fazer algo para mudar.

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Se tem uma coisa que estudioso de Literatura gosta de fazer é viajar. Eles chegam a algumas conclusões que só eles mesmo pra ter noção daquilo. Não tenho nada contra a matéria, pelo contrário, adoro. Sempre foi uma das minhas preferidas, acho que é cultura. Mas, durante as aulas, quando está tendo uma análise de livros e poesias eu fico encafifada. Imagino o espírito dos escritores assistindo àquilo e pensando “Jura mesmo que eles acham que eu queria dizer isso?” Chico Xavier quando vivo devia ter psicografado a opinião desses autores:

José de Alencar- “Iracema não é anagrama de América, foi apenas uma bela prostituta que conheci”

Machado de Assis “A dúvida é se Capitu traiu ou não traiu? Bentinho sofria de esquizofrenia, ela nem existia”

Raul Pompéia: “Aristarco não representa a aristocracia em O Ateneu, é apenas o nome mais feio que encontrei para dar a um homem tão odiavel.

Graciliano Ramos: Os meninos mais velho e mais novo não têm nome porque eu não sabia qual por e não porque representam anônimos. A baleia não é um nome irônico, era o nome da minha cachorra, quis fazer uma homenagem.

Fernando pessoa: Não eram heterônimos, nem eu tinha desvio de personalidade. Apenas exagerei no absinto.

É Chicão, pisou na bola, morreu sem essa.

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Sentir medo é completamente natural. Muita gente não gosta de assumir os seus por os julgarem como fraquezas. Grande bobeira.


Para saber a enorme variedade de medos existente basta perguntar a uma criança. Essa com certeza lhe dará uma resposta que pode ser surpreendente ou um tanto quanto comum como palhaço , loira do banheiro, fofão, escuro, bastião, bruxa. Esses dois últimos aterrorizaram minha infância. Minha querida irmã fez o favor de nascer dia 6 de janeiro, dia de Santo Reis o que fez do Bastião uma figura adorada na minha casa. Eu via que era só uma máscara, mas sei lá, parecia uma máscara do mal que deixava possuído quem a usasse. Adorava Branca de Neve, principalmente por ela não ser loira, mas quando chegava a parte da bruxa eu e minha irmã escondíamos atrás da estante morrendo de medo. Nunca tive medo de palhaço, acho que me faltou malícia. Se notar bem ele é um tanto quanto assustador com aquele perpétuo sorriso na face. Mas, nada me atormentou mais que a Bruna Marquezini. Será que a Globo não percebe quantas crianças foram traumatizadas? Quantas temiam o aparecimento do anjo com a terrível notícia que iriam ficar órfãs de mães. Eu tinha tanto medo da minha mãe morrer que tiver que parar de assistir a novela.

Hoje em dia eu sofro muito com medo e tenho que tentar controlá-lo sempre. Não sei se você já percebeu, mas minha mente é um tanto quanto fértil. Pessoas assim sofrem mais. Se eu olhar para um lugar escuro posso facilmente imaginar a mais temida das criaturas. E pesadelo? O meus são os mais assustadores, mais realistas e o pior, em camadas. Não consigo acordar nunca e é um verdadeiro desespero. Portanto, meu maior medo é sentir medo.

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Já vi muita gente que quando questionada se quer ir para o céu ou inferno da uma risadinha e fala que quer ir para o inferno. Dizem que lá é mais legal, tem festa o dia todo, muito homem bonito (ou mulher, vai da sua opção) e é open bar. Ganhando muito na frente do céu que é calminho, tem uns anjos barangos, tocando harpa, um jardim e que a coisa mais legal que você pode fazer lá é voar. O que nem é considerado vantagem porque você pode fazer no inferno também, com uso de drogas de todos os tipos que é altamente liberado, de graça, não faz mal e não mata. “Pra morrer basta estar vivo”, portanto sei que essa ultima vantagem foi um tanto quanto desnecessária, mas quis brincar de “Não mata não engorda e não faz mal”.

Sou contraria a essa teoria. Não seria justo a pessoa se privar dos prazeres mundanos pra chegar ao céu e ser privada mais uma vez. Como assim ????? Não faz sentido. A pessoa tinha que ser recompensada, tinha que ter tudo aquilo que não teve na terra e eternamente. Eternamente é a palavra chave, essa seria a grande vantagem. Enquanto as pessoas que aproveitaram muito a vida, já aproveitaram tudo que tinha que aproveitar e não precisam aproveitar mais não. O inferno tem que ser a tediolandia e não o céu. Pobre da minha pessoa que ficará sozinha no céu porque meus amigos vão todos para o inferno, tenho certeza. E se eu bem os conheço se no inferno não tem festa eles tratam de fazer uma. É, retiro tudo que disse, o inferno é melhor mesmo.

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A maioria das pessoas quando vai falar de tecnologia cita apenas suas vantagens. Alguns grupos criticam-na ferrenhamente no facebook enquanto digitam em seus notebooks, deitados no colchão que não afeta a coluna, usando um cobertor térmico e comendo macarrão instantâneo de micro-ondas.
Mosquitos sentem uma atração irresistível em relação à luz. Não é à toa que a maioria morre tostada em lâmpadas.Por conta dessa atração, antigamente, antes do surgimento da lâmpada os vagalumes eram um grande sucesso, considerados os melhores partidos entre os insetos e os segundos melhores dentre todos os animais, perdendo obviamente para o leão, o rei da selva. Porém, os avanços tecnológicos causaram danos irreversíveis a esses grupos. Além das lâmpadas roubarem os namorados dos vagalumes por possuírem um brilho muito mais intenso elas também fazem o papel da temida viúva negra. Deixando-os sem uma asa quente para lhes aquecer no inverno.

Cri cri cri cri...

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Cantada na balada ou em algum lugar que tem possibilidade de rolar alguma coisa pode ser interessante. Não digo que é com certeza porque acho que depende muito do emissor. Uma vez eu vi em uma apostila de redação da escola uma tirinha “Assédio sexual só é crime se o homem é feio”. Juro que vi isso mesmo, não estou inventando. Até parece que eu não ia querer levar créditos por uma coisa dessas.
Agora, uma coisa que eu não entendo é cantada em locais impróprios. Não, não estou falando de funerais ou hospitais porque isso ultrapassaria o nível daquilo que chamo de impróprio. Falo de locais como uma tarde qualquer em uma rua qualquer. Quando estou passando em frente a uma construção e algum pedreiro mexe comigo em pleno serviço eu penso “Meu Deus, o que ele esperava com isso?” porque sinceramente não conheço uma alma viva que deu moral a uma cantada desse tipo. E como alguém responde também? “E ai gatão, vamo ali atrás da caçamba?”. Algumas mulheres dizem que essas situações servem para levantar o ego. Se você já disse isso, amiga, você deve estar no fundo do poço. Sinto-lhe dizer, mas qualquer fêmea que lhes cruza o caminho, é agraciada com alguma citação sem graça.
Outra situação constrangedora é cantada em lanchonete. Eu não sei vocês, mas eu vou pra uma dessas pra comer se quisesse passear eu ia pra um barzinho. Aí minha querida só tem um jeito da situação piorar, alface entre os dentes.

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Dizem que quando conversamos com alguém é ideal que o façamos olhando nos olhos. Esse pequeno ato demonstra interesse e passa confiança. É aquela velha estória “olha nos meus olhos e diga que não me ama mais”. Que brega!

Conseguir prender minha atenção não é algo tão fácil. Eu posso até demonstrar o interesse, mas muitas vezes estou viajando com algum pensamento qualquer. Por isso é preferível conversar comigo por MSN, mensagem de celular ou facebook, recursos do qual não tenho como escapar. Muitas pessoas conseguem mentir mesmo olhando nos olhos o que destrói parcialmente a teoria. Adoraria ter essa capacidade, acredite.

O difícil de conversar olhando nos olhos é quando algo atrai mais a sua atenção. Funciona como um imã e é altamente complicado lidar com isso. Aquela babinha no canto da boca, uma espinha na ponta do nariz ou um olho estrábico são capazes de acabar com o foco de qualquer conversa.

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Clínica de Estética pra mim é propaganda enganosa. Que Mané estética o que? Aquilo lá é clínica de tortura, isso sim. Um processo de tortura legal e que visa aumentar a auto estima das loucas que o procuram. Fazer um reality show em um local desses renderia cenas dignas de jogos mortais, porém com um orçamento bastante reduzido.

É preciso que haja muita confiança na profissional. Se por um acaso ela estiver em um mal dia, se distrair ou simplesmente não for com a sua cara, acredite, as conseqüências serão altamente desastrosas. Sair do salão com o cabelo cor de ovo, um corte de poodle ou com uma sobrancelha típica de Drag Queen é algo que espero não ter que passar nunca na minha vida.

Depilação deve ser mais um dos castigos de Eva. A cada puxada lembro-me de conferir pra ver se minha pele ainda está lá ou se vou ficar rica com uma bela indenização. Drenagem linfática e sessão de espancamento é a mesma coisa, já viu os hematomas que fica depois? Se for a delegacia e fizer corpo de delito dá na boa pra acusar alguém que você não gosta, fica a dica. Manicure deve ter uma parceria com o açougue e vender os bifes que nos tiram, é a crise minha gente, é a crise.

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Quando eu era pequena adorava brincar de boneca, escolher roupinhas, conversar com ela e todas essas bobagens que criança faz. Queria muito ser mãe, cheguei até a escolher nomes para meus ex-futuros filhos, Beatriz e Lucas. Acho muito bonita a relação mãe e filho, eu e a minha nos damos super bem e não consigo me imaginar sem ela.

Hoje em dia quando me perguntam se quero ter filhos ouvem um sonoro NÃO. Arrepio só de pensar na possibilidade, não é porque eu tenho um útero que eu preciso ser mãe. Na verdade isso é muito comum hoje em dia, já ouvi muitas meninas dizerem que não querem. As outras gerações costumam tentar explicar esse fato dizendo que é conseqüência da inserção da mulher no mercado de trabalho. Por conta disso nos preocupamos primeiro com o sucesso profissional e acaba não sobrando tempo para os filhos. É, eu até concordo com isso, mas em partes.

Acredito que a principal responsável por essa mudança é a mídia, sim a mídia. Existe coisa mais apavorante que “Super Nanny”? Nada me dá mais medo que aquilo, aquelas crianças mal criadas, mimadas, deixando seus pobres pais enlouquecidos. Esse tipo de criança sempre existiu a diferença é que antigamente não era divulgado. E “16 and pregnant?” A menina engravida aos 16, tem que agüentar todo um preconceito, rala pra caramba para tentar cuidar do bebê e quase sempre tem o relacionamento destruído no final. O pior é parte do parto que obviamente não poderia deixar de ser normal.

Existe, portanto uma conspiração de filmes, novelas, programas e seriados que incentivam cada vez mais as meninas a pegarem pavor da idéia de serem mães. Todos patrocinados pelo governo para que haja um rigoroso controle de natalidade. Se um dia, por um acaso a população mundial envelhecer será preciso que haja uma total censura desses programas.

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Aprendi desde pequena que há três coisas que não se deve discutir: futebol, política e religião. Não apenas porque cada um tem sua opinião, mas também porque sempre acaba em briga.

Minha irmã quando discute futebol com meu cunhado, meu Deus, sai de perto. Eu não, entro na briga e do lado dela, é óbvio. Na verdade nem curto futebol, não entendo porcaria nenhuma. São sim 22 homens suados com a perna grossa correndo atrás de uma bola, a grande maioria feio . Adoro copa do mundo, mas só por causa da comemoração. O que eu gosto é de brigar, defender o time unicamente para ser do contra. Para isso encontrei o time perfeito, aquele mais odiado depois da Argentina, o Corinthians.

Em questões políticas sou bem descrente. Não acredito que algum candidato vá cumprir realmente tudo o que prometeu. Não que todos sejam corruptos, mas acabam tendo que entrar em um sistema, favorecendo a elite minoria e detentora do poder. Mas um blog com o nome de "Fútil & Fútil" com certeza não é o melhor lugar para discutir uma questão dessa ordem.

Não me conformo com fanatismo religioso. Na verdade fanatismo a qualquer coisa não presta. É ele o principal culpado de diversas guerras. É por conta dele que se perde o respeito a ponto de considerar a religião alheia como inferior e chamar seus adeptos de ignorantes. Acredito que religião está muito mais nos atos, fazer o bem sem se preocupar se esse será o caminho para o céu ou não. Já vi muitas beatas fervorosas desejando ou até fazendo o mal para o próximo. Uma mania que religioso tem é de colocar Deus como um punidor. Tenho uma amiga que o odiava na infância porque quando perdeu seus avós, ao perguntar aos seus pais o porquê daquilo, obteve a resposta “Porque Deus Quis”.

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Eu gosto do meu nome, é simples. Tem muito nome pior por ai. Mas ele me causa certos problemas diários. Quando era pequena eu gostava porque se a professora mandava escrever o nome várias vezes eu acabava muito antes da Ana Luíza ou da Maria Eduarda.

O que tem de errado com meu nome? É isso que penso quando ouço músicas, leio poemas com diversas musas inspiradoras. Mas e Laiz ??? Não é possível que não teve uma que prestasse na história pra uma criatura fazer música. Muita sacanagem. Quando reclamo disso sempre tem um engraçadinho que fala que pelo menos com lalala tem música e muitas. Piadistas. (y). E Carolina? Já viram quantas musicas citam alguma Carolina? Juro que fico complexada. Daqui uns dias até a katymilenysuelen vai ter música e eu não.

Outro problema é apelido, lala pra mim é um bichinho amarelo amigo da Pô do Teletubbies. Lá é indicação de um lugar não muito próximo. Liza é marca de óleo que complementa com abc (iniciais do sobrenome: Araújo Borges de Castro) que é também marca de óleo. Os outros apelidos são maiores e acho que apelido tem que ser menor que o nome. O objetivo é facilitar e não dificultar, não é?

Por conta de um z, tenho que conviver dia a dia com o fato de escreverem meu nome errado. Sempre que preciso dizê-lo em algum lugar tenho que ficar repetindo "É Laiz com z". Aconteceu uma vez de acharem que eu colocava Laiz na internet pra ficar mais style não é Tatá?



Esse post não tem graça porque é um conflito existencial meu. A não ser que tenha outra Laiz com z leitora, o que sinceramente eu duvido muito.

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É da natureza humana ser sacana, desde criança é possível perceber isso. Na verdade nos pequenos é mais evidente porque eles não se preocupam em esconder, pelo contrário se orgulham disso. Também é natural do homem ser hipócrita e não concordar com minha primeira afirmação. Por isso, preparei uma pequena lista de sacanagens que você já fez ou já fizeram com você:
Listinha do mal:
1-      Pisar no tênis novo e branco do amigo para “batizar”. (Pior é a risadinha macabra depois)
2-      Usar o outro lado da borracha. (Aquele que você estava economizando)
3-      Puxar a cadeira para ele cair. (Não importa que algum adulto tenha dito que ele pode ficar sem andar por conta disso)
4-      Contar um segredo que prometeu que não contaria para ninguém. (“Pode contar, não acredita em mim? Acha mesmo que eu teria coragem de contar pra alguém?”)
5-      Colocar a culpa no outro.
6-      Pegar o menino que a amiga gosta. (Clássico dos clássicos.)
7-      Inventar coisas.
8-      Dedar para o professor quem está matando aula. (“Desculpa, só que ele ia dividir minha nota por dois se eu não falasse”.)
9-      Pregar uma placa “me chute” no coleguinha.
10-   Amarrar um cadarço no outro. (Fica todo mundo esperando o coitado levantar e cair.)
11-   Maquiar alguém (prima mais nova) como uma palhaça e vê-la chorar com o resultado. (“Tá ficando bonito, não olha ainda não.”)
12-   Fingir que não conhece alguém que está pagando mico.
13-   Perguntar para o professor se ele não vai olhar a tarefa quando sabe que foi o único que fez. (Isso eu garanto que nunca fiz e tinha ódio mortal de quem fazia. “Ai gente eu passei o maior tempo fazendo, não é justo”)
14-   Empurrar na piscina. (Eu parei quando me falaram que se a pessoa caísse e batesse o pescoço ela iria morrer. Fiquei com medo, juro)
15-   Colocar o pé pra pessoa cair (muita mancada, minha irmã tem o nariz defeituoso por isso e juro que não fui a culpada)
16-    Falar que a água ta boa. (“Tá uma delicia, pula sim” dizem que é igual casamento “Casa, é uma maravilha”)
17-   Cantar com quem será com o menino que você gosta e só suas amigas sabem. ( Pior é quando cantar perto da família.Parabéns, você está condenado a ser zuado por isso pelo resto da vida, ou até o próximo aniversário.)
18-   Fofocar pra mãe , quando você é bem nova, que te viu ficando com alguém. (“ Ai achei tão bonitinho, sua filhinha cresceu hein? Vi ela beijando o traficante do morro na esquina semana passada! O que? Você não sabia? Ops, desculpa. Desculpa mesmo , pelo amor de Deus não fala que fui eu que te falei se não ela pega raiva de mim.” Isso já aconteceu tanto comigo, só que juro que em nenhum caso era traficante.)
19-   Espalhar que a menina “ficou mocinha”. (“Que belezinha, ela não é mais criança. Virou mocinha.” Não sei se é pior quando falam na frente da menina ou quando pedem pra não contar pra ninguém porque ela não gosta o que recai sobre o item 4)
20-   Pegar a irmã do amigo. (Pior seria pegar a mãe)

Se você não se encaixa em nenhum ponto da lista não significa que você não é sacana. Você simplesmente não tem nem nunca teve amigos.

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Uma coisa que assusta qualquer um é quando alguém que você nem sabia que existia até aquele momento chega e te cumprimenta pelo nome.

Em um primeiro momento você busca desesperadamente em um arquivo mental lembrar quem é o individuo. Sem sucesso, desiste e apenas a cumprimenta de volta com um apelido qualquer que serviria para qualquer outro ser.

Depois, você se sente popular enquanto ela puxa um assunto do qual você não entende coisa alguma. De uma hora pra outra a conversa começa a fazer sentido e você tem uma vaga lembrança daquilo. É, você conhece aquela pessoa e é daquele dia que você bebeu além da conta. Bebum é uma desgraça!

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Uma criatura não teria apelido de sexo frágil se não fosse no mínimo sensível. Sim, estou falando das mulheres. Elas que quando tristes, contrariadas, traídas ou ignoradas necessitam de uma válvula de escape qualquer. Algumas apelam para os doces, outras para as compras. Ambas atitudes com conseqüências altamente desastrosas. Se isso ocorrer ela terá que ralar por muito tempo, seja para perder os quilinhos adquiridos ou para quitar as dívidas.

Compras podem realmente servir como terapia, mas também podem tornar-se um verdadeiro desastre. Eu nunca entendi a razão de lojistas darem preferência a belas vendedoras. Não acho agradável ir a um lugar em busca de bem estar e dar de cara com um rascunho da Gisele Bundchen. Não é legal ter que pedir um número de calça muito maior que o que ela usa. Aliás, por conta disso as coitadas nunca acertam o número da sua. Por mais que você diga que aquilo não vai servir elas insistem até que você experimente e surpresa! Não serve. Assim, você se sente mais gorda que já é, volta pra casa, se empanturra de tanto comer, fica um tanto quanto triste e quando isso acontece o que as mulheres fazem mesmo?

Uma criatura não teria apelido de sexo frágil...

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Criança é um serzinho que se encanta facilmente e acredita em tudo que ouve. Por conta disso, quando descobre que algo é mentira ou não existe fica completamente decepcionada. O mundo desaba, os dias ficam tristes e a sensação de que o sonho acabou as consome até encontrarem um novo motivo para se encantar.

Alguns pequenos se desiludem quando descobrem que Papai Noel ou Coelhinho da Páscoa não existe. Outros, mais profundos, quando ficam sabendo que nuvem não é de algodão doce, o que não me conformo até hoje. Espero de verdade que crianças não leiam esse blog. Acreditem, ficaria arrasada em destruir sonhos.

A maneira com que a descoberta é feita pode ser a mais trágica possível. O irmão mais velho contou, viu os presentes no porta-malas ou ouviu uma conversa proibida. Os pais quando questionados sobre as mentiras se vêem completamente constrangidos e impotentes. Tentam inventar desculpas e acabam piorando a situação. É, pais sofrem.

No meu caso, a minha desilusão foi bastante incomum. Eu assistia filmes e sonhava com aquilo, queria ir a lugares paradisíacos para realizar meu grande sonho. Mas um dia, tudo acabou. Era um dia comum, eu não sabia o que estava prestes a acontecer. Descobri vendo TV que cavalo marinho é um ser minúsculo e, portanto seria impossível passearmos pelo mar.

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Eu passei uma boa parte da minha vida incomodada com essa situação. Um sentimento de culpa que me consumia, uma angústia. Cansei, cansei de ser atormentada por esse fantasma do passado que volta e meia voltava a me assombrar principalmente nas excursões escolares. Perturbavam-me tanto com isso que tive que parar de viajar com a turma. Era muito incômodo ser questionada sobre aquilo na frente de todo mundo e por tanta gente ao mesmo tempo. Pior ainda era ver outros passarem injustamente pela mesma situação.

Depois de muitos anos, resolvi procurar um analista que me aconselhou a dar um basta nessa situação e assumir de vez a culpa. Foi muito difícil tomar essa atitude, mas percebi que seria a melhor. É por isso que estou aqui hoje, para assumir um crime imperfeito repleto de suspeitos. Fui eu, fui eu quem roubou pão na casa do João, não me julguem. Peço encarecidamente que parem de fazer essa pergunta aos amigos agora que já sabem o culpado, obrigada.

Agradecimento especial ao motorista de ônibus que patrocinou esse post.

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